sábado, 22 de novembro de 2014

Lauro de Freitas: corretor preso por desacato em ação diz que foi agredido por PM

Alan Oliveira de Souza, 42 anos, é irmão da dona da loja onde a mulher que registrava imagens trabalha

O corretor de imóveis que foi preso por tentar evitar que um soldado da Polícia Militar apagasse imagens de um celular de uma funcionária durante uma abordagem diz que foi agredido pelo PM. A mulher registrou cenas da ação policial que deixou o vendedor Saulo Emerson de Jesus Cunha, 29 anos, baleado na perna esquerda. 
Alan Oliveira de Souza, 42 anos, é irmão da dona da loja onde a mulher que registrava imagens trabalha. Ele viu o PM se aproximar dela e pedir o telefone. O corretor se aproximou, pegou o celular da mão da mulher e tentou correr com ele. O soldado foi atrás dele, o deteve e levou para viatura. Alan foi levado à 23ª Delegacia acusado de desacato - além dele Rosimeire Souza Borges, 34 anos, também foi conduzida pelo mesmo motivo à unidade policial.
O corretor contou que, como afirmaram testemunhas ao Correio24horas ontem, foi agredido. "Ele me puxou pela camisa e me deu um soco. Deu duas 'bicudas' na minha perna, nunca passei por isso em minha vida", disse em entrevista à TV Bahia. "Agora tenho que sair para trabalhar e estou com medo", criticou.
A Polícia Militar afirma que está apurando a denúncia de agressão.
Saulo foi baleado na perna durante ação policial (Foto: Reprodução)
Caso
Saulo foi baleado ao não parar imediatamente quando um soldado PM pediu. Ele levava na moto um carona que estava sem capacete. Ao ter a ordem desobedecida, o soldado atirou. Segundo a Polícia Militar, Saulo avançou em uma blitz e jogou a moto contra o PM, o que o rapaz nega.  "Os responsáveis poderiam ter mais cautela no tipo de abordagem deles. Falaram que furei uma blitz, que não existia na verdade. Ele simplesmente atravessou a rua, pediu que eu parasse e não esperou o tempo necessário para que eu pudesse parar. Simplesmente pegou e atirou".
Depois que Saulo foi baleado, populares rapidamente se reuniram e muitos tentaram registrar o que acontecia, se sentindo indignados com a postura do PM - segundo uma testemunha, mesmo ferido na perna com gravidade, Saulo foi arrastado pelo asfalto quente de um lado para outro da rua. O tiro fraturou a tíbia de Saulo, que já passou por uma cirurgia para reconstrução do osso e pode passar por outros procedimentos. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel (Samu) para o Hospital do Aeroporto, onde segue internado.
Ele saiu puxando pelo asfalto quente (Saulo), o menino baleado foi parar lá do outro lado. E depois disso aí quem tirava o celular para gravar essa situação, ele tentava parar. Ele chegou a tomar o celular de uma menina e tirou foto dela para intimidar", diz a testemunha. Um dos policiais ainda teria guardado um projétil que estava no chão.
Júlia Bahia, que testemunhou parte da situação, também relata o que aconteceu. "Ele simplesmente atirou na perna do rapaz. Ele disse que o menino não obedeceu para parar, mas obedeceu porque todo mundo viu", conta. "Ele chamou o Samu dizendo que foi um acidente de moto, absurdo". E acrescenta: "Ele bateu em outro rapaz, deu um soco e levou pra delegacia. Tomou o celular da menina. E as pessoas viram tudo, é um lugar movimentado. Foi uma barbaridade. E ele levou a mochila do menino, deveria ter aberto ali se queria dar flagrante de algo". Ela afirmou que o soldado se identificou como Souza.
A mochila e a moto de Saulo foram levadas à delegacia e, segundo a polícia, havia uma quantidade não divulgada de maconha, crack e cocaína. A namorada de Saulo nega que ele tenha envolvimento com o crime. "Conheço todo o histórico da família de Saulo, conheço o histórico de Saulo. Ele não tem passagem alguma, o antecedente criminal dele é livre", diz Diana Fonseca. Saulo trabalha em uma loja no Aeroporto e estuda Mecânica no Senai. Segundo amigos, ele sonha em ser policial.

   Comentário que esta no Correio da Bahia

Leandro 22/11/2014 - 22:41
Com o COMANDO AJUDANDO ESSES DESASTRADOS CLARO QUE VAI CONTINUAR ACONTECENDO coisas desse TIPO.
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lu 22/11/2014 - 22:34
Isto prova mais uma vez o total despreparo de ALGUNS membros da PM que acham que podem atirar em pessoas sem motivos evidentes ! Por essas e outras que a sigla PM é apelidada de "policia marginal". E o pior de tudo e saber que este inescrupulo e inresponsavel policial vai se sair dessa sem ter uma punição exemplar para os demais.
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arnaldo maynart 22/11/2014 - 22:15
ISSO MOSTRA O DESPREPARO DOS NOSSOS POLICIAIS, SE FOSSE EM UM PAIS DE PRIMEIRO MUNDO, O POLICIAL PERSEGUIA O INDIVIDUO E TENTAVA INTERCEPTÁ-LO. AGORA ATÉ DROGA ACHARAM NA PASTA DELE.
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wss 22/11/2014 - 22:01
os carniceiros estão a solta bem pouco votaram no pt
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Eguiberto 22/11/2014 - 21:38
Esses marginais fardados sujam e imagem da corporação e perdem toda a credibilidade com a população. Porque existem policiais de boa índole e que realmente cumprem com suas obrigações. Se não devessem nada, não correriam pegar celulares para apagar a filmagem. Esses VAGABUNDOS.
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carlos dias 22/11/2014 - 21:08
Que barbaridade essa policia despreparada anda fazendo com nossa gente, precisamos nos mobilizar, O responsavel pela cooporacao tem que tomar providencias urgentes, e esses policias bandidos e incompetes, tem que sair da coorporacao. V
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souza corretor 22/11/2014 - 20:58
Total falta de preparo desses animais usando a farda da policia militar, a policia militar da bahia merece um pedido de desculpa as vitimas desse caso, e o Sr Samuel Prado deve exigir um pedido de desculpa desse animal policial ao colega corretor. Uma vergonha!!!!! Como corretor de imoveis, espero que nossa autarquia, o CRECI, faca algo.
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Marcos 22/11/2014 - 20:55
Este é mais um exemplo que mostra o quanto a nossa polícia é despreparada, arbitrária, ignorante e irresponsável. Eu tenho medo de ser abordado porque não sei como os policiais me tratarão. Na verdade são um bando de covardes que se escondem sob a farda para aterrorizar pessoas inocentes e trabalhadoras.

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