terça-feira, 18 de novembro de 2014

Prisco rebate declarações de Zé Neto sobre leis da PM e Bombeiros

O deputado estadual eleito, soldado Marco Prisco (PSDB), rebateu a declaração do líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Zé Neto (PT), durante sessão plenária realizada nesta terça-feira (18). Segundo o petista, "o artigo 92 em nenhum instante passou pela mesa da liderança e em nunca foi pauta específica de nada. As associações pediram para tirar da pauta. Nós tiramos da pauta e depois eles pedem para ser discutido".

Prisco discorda e analisa como "absurda a declaração" que, segundo ele, vai de encontro ao acordo de regulamentação do artigo 92 que prevê periculosidade, insalubridade e auxílios transporte, alimentação e ensino aos militares e pôs fim ao movimento paredista deste ano. “Não tem dinheiro para fornecer o que a lei manda, mas tem para criar novos cargos que onerarão o Estado".

Zé Neto admite que o durante as greves as associações citaram o plano de alimentação. Mas segundo ele, "em nenhum momento nem a Aspra nem ninguém colocou isso em discussão. Se der para um tem que dar para os servidores do estado inteiro".

Para Prisco, a votação das Leis de Ordenamento Básico (LOBs) sem o amparo dos outros três itens do acordo (Código de Ética, Estatuto e regulamentação do artigo 92), vai representar prejuízo para a tropa. “Que tipo de vantagem poderá significar para grande parcela da categoria, esta Lei? A promessa que quatro mil homens irão a Cabo? Não existe garantia de que estes irão a sargento e, consequentemente receberão os proventos de primeiro tenente ao ir à reserva”, questionou.

O líder do governo rebate essa colocação do futuro deputado. "Nesse momento isso não está em discussão. Combinamos de votar as duas LOBs e depois vamos começar um diálogo com as questões relacionadas ao estatuto e o código de ética".

Questionado sobre a carta enviada pelos Coronéis da PM baiana repudiando a subordinação administrativa ao Secretário de Segurança Pública, Zé Neto minimizou. "Isso já está resolvido. O govenador é quem vai decidir no final e os coronéis já aceitaram. Em casos excepcionais o governador evoca para si e redireciona a seu critério. Isso flexibiliza mais essa possibilidade de o secretário adentrar por vontade própria", garantiu ao Bocão News.

O tucano diz ainda que a aprovação da LOB sem a estipulação de um cronograma para a votação dos outros três itens significa oferecer um cheque em branco ao Governo. “A Lei não significa melhorias para a categoria, cria postos que só beneficiarão cerca de 2% dos policiais de maiores cargos, mas não regulamenta critérios de promoções para os praças”.

Zé Neto garantiu que não existe nenhuma orientação do governador Jaques Wagner (PT), para votar as LOBs na sua gestão e questiona a possibilidade de adiar a discussão para o próximo mandato parlamentar. "Me parece que o vereador Prisco quer estar aqui na Casa. Não tem sentido segurar por mais quatro ou cinco meses uma discussão que já foi finalizada. Chegamos onde nós podíamos. O que vai mudar daqui a cinco meses? Alguém vai mudar alguma coisa?", questionou, sobre a possibilidade do tucano tentar capitalizar politicamente a decisão.

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