segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Governo Federal oculta do MPF compra de máscara imprópria pelo dobro do preço

 
Foto: Reprodução

O governo Jair Bolsonaro ocultou do Ministério Público Federal (MPF) a compra de máscaras de proteção impróprias pelo dobro do preço e que acabaram não sendo usadas por profissionais de saúde.

 

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o governo pagou R$ 3,59 por máscaras do tipo PFF2 e R$ 8,65 por unidade de uma máscara que não foi distribuída. A diferença do custo foi de 141%. As duas compras foram feitas com dispensa de licitação, no começo da pandemia da Covid, em 2020.

 

O então secretário-executivo do ministério, coronel do Exército Élcio Franco, e o então diretor do Departamento de Logística em Saúde, Roberto Ferreira Dias, que assina os contratos superfaturados, foram pressionados por procuradores a entregar a relação de todos os contratos de compra de máscaras já feitos pelo ministério durante a pandemia.

 

Dias foi demitido da Saúde após um atravessador de vacinas inexistentes denunciar uma cobrança de propina pelo diretor no valor de US$ 1 por dose.


saiu: bahianoticias.com

Homem desaparece enquanto tomava banho de mar na praia de Amaralina

 
Foto: Reprodução Redes Sociais

Renan Dias, de 24 anos, desapareceu enquanto tomava banho de mar na praia de Amaralina, no início da tarde deste domingo (29). 

De acordo com o G1, o jovem estava com amigos quando se afogou, nas imediações do Largo das Baianas. Familiares também passaram a tarde no local, acompanhando o trabalho de resgate.

 

Até as 18h de ontem, quando as buscas foram encerradas, ele ainda não tinha sido localizado. As buscas devem ser retomadas às 6h de segunda-feira (30).

Salvador registra 28% na taxa de ocupação de leitos UTI; BA atinge 35%


Depois de registrar a menor taxa de ocupação (26%) em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinadas ao combate a Covid-19, na última semana, Salvador segue com o índice baixo neste domingo (29).

De acordo com a Secretaria de Saúde do município (SMS), a taxa de ocupação está em 28% nos equipamentos destinados ao público adulto. A taxa de ocupação para os leitos pediátricos está em 67%. Ao todo, 119 equipamentos estão ocupados dos 388 ofertados pela prefeitura.

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Bahia

Os índices seguem controlados em todo o estado. Neste domingo (29), a Bahia registrou uma taxa de ocupação em leitos UTI de 35% para o público adulto e 69% para o infantil.

Apenas 396 leitos estão em uso dos 1.106 disponibilizados pelo governo em todo o estado.

saiu: vozdabahia.com

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Indígenas protestam em Brasília contra marco temporal para demarcação de terras

 
Indígenas protestam contra 'marco temporal' para demarcação de terras das aldeias

O julgamento do 'Marco Temporal', sobre demarcação de terrar indígenas acontece nesta quarta-feira (25), no Supremo Tribunal Federal. Em protesto contra a proposta, mais de seis mil indígenas ocupam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, enquanto aguardam o início da análise no plenário do tribunal. 

Às vésperas do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que vai decidir sobre o futuro de centenas de demarcações de terras indígenas em andamento no País, o Grupo Prerrogativas, que reúne cerca de 400 juristas e entidades representativas do Direito, divulgou uma nota de repúdio à tese do “marco temporal”, na terça-feira (24).

O entendimento é defendido por ruralistas e propõe que as terras só podem ser demarcadas se for comprovado que os índios estavam na região na data da promulgação da Constituição, ou seja, no dia 5 de outubro de 1988.

A norma é classificada pelo Grupo Prerrogativas como “equivocada”. “Simplesmente ignora os povos que foram destituídos de suas terras, por meio de violência ou em decorrência da expansão rural e urbana”, diz um trecho do texto.

A manifestação defende que o STF assegure aos indígenas os direitos originários às terras que tradicionalmente ocupam, “independentemente de quaisquer marcos ou condicionantes de caráter infraconstitucional”.

“O fato insuperável é que os espaços de terra que na atualidade são alvo de litígios judiciais foram incorporados através de procedimentos de colonialismo interno. A disciplina legal agrária e civil foi organizada sobre representações distintas a respeito de lugares e de suas concepções, que voltam agora a ser fundamentais, uma vez que a Constituição determina que as terras tradicionalmente ocupadas por indígenas sejam analisadas à vista de seus ‘usos, costumes e tradições’ (art. 231, § 1º)”, afirma a nota.

O julgamento no Supremo está pautado para quarta-feira, 25. O relator é o ministro Edson Fachin. 

FONTE: Otempo.com

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Ônibus voltam a circular no Jardim das Margaridas depois de mortes no bairro

 

Os ônibus voÔnibus voltam a circular no Jardim das Margaridas depois de mortes no bairro

Foto: Reprodução/TV Bahia

Os ônibus voltaram a circular normalmente pelo Jardim das Margaridas, em Salvador, na manhã desta terça-feira (25). Desde a noite da última segunda-feira (23), os coletivos não estavam circulando por parte do bairro, após protesto de moradores, por causa de ação policial que deixou três mortos.

O Sindicato dos Rodoviários informou, na noite desta terça-feira (24)  que avaliaria em conjunto com a PM e a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), a possibilidade de os veículos voltarem a circular na região. A reunião foi convocada após a segurança ser reforçada no bairro.

Três linhas de ônibus que atendem ao bairro do Jardim das Margaridas estavam sem circular em parte da localidade. Até a noite de terça-feira os coletivos não avançaram até o final de linha do bairro e os moradores da região precisaram andar cerca de 1 km para completar o percusso. 

Miss Bumbum tem beijo entre candidatas e briga após vitória de Luna Leblanc

 Luna desbancou a candidata de Roraima Juh Campos ao receber o voto final da própria apresentadora, já que ambas estavam empatadas

A edição 2021 do Miss Bumbum teve de tudo: de beijo a treta. Apresentado por Andressa Urach, 33, segundo lugar nessa competição em 2012, o concurso terminou com a vitória da candidata mineira Luna Leblanc.

Luna desbancou a candidata de Roraima Juh Campos ao receber o voto final da própria apresentadora, já que ambas estavam empatadas.

Porém, depois do anúncio, a modelo Taty Sindel, representante da Paraíba, partiu para cima de Juh e arrancou sua faixa por não concordar com o resultado. Taty, aliás, perdeu o primeiro desfile da noite, pois perdeu o voo e chegou atrasada.

A noite também mostrou um momento contra a homofobia. Em determinada etapa do desfile, as modelos Camila Beck, de Tocantins, e Déia Cavalheiro, do Mato Grosso do Sul, se beijaram no palco com a bandeira do arco-íris aberta. Elas são namoradas.

Por causa das restrições pela pandemia de Covid-19, o evento foi realizado sem plateia. Os jurados foram os humoristas Rafinha Bastos e Maurício Meirelles, além da ex-paquita Cátia Paganote.

A apresentadora Andressa Urach foi muito elogiada por causa de sua condução do desfile do qual é a embaixadora e sócia. O Miss Bumbum comemora dez anos. Ela usou durante o evento um colar com o nome do marido, Thiago, que não estava presente.

Andressa, dois anos depois de seu vice-campeonato, passou a fazer parte da Igreja Universal, se afastou do concurso e parou de fazer fotos sensuais. Mas no ano passado ela começou a mudar de postura ao anunciar que estava abandonando a instituição religiosa e dizer que se sentiu mais usada “que no tempo da prostituição”.

“Dediquei os últimos seis anos da minha vida para Jesus, como todos sabem, mas acabei me sentindo como um objeto descartável”, afirmou. “Sei que Jesus não tem nada a ver com isso e a obra de Deus é feita por pessoas falhas”, completou, na ocasião.

saiu: jornaldebrasilia.com


Atraso na entrega de medicamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde provoca desabastecimento na Bahia

Vinte e quatro medicamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde de modo centralizado e distribuídos para estados e municípios estão com estoque zerado ou inferior a 30 dias, prejudicando tratamentos de milhares de pacientes com diversas doenças, dentre elas, câncer, HIV/Aids, diabetes, anemia falciforme, acromegalia, alzheimer, amiloidose, artrite reumatoide, espondilite, crohn, psoríase, epilepsia, escleroses, esfingolipidoses, esquizofrenia, fibrose cística, mucopolissacaridose do tipo II, parkinson, trombose venosa. Infelizmente, a maioria dos medicamentos não possui substituto, nem solução de abastecimento imediata, caso o Ministério da Saúde não regularize o fornecimento.

De acordo com o superintendente de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde (Saftec), Luiz Henrique d’Utra, “a frequente irregularidade no abastecimento dos estoques de diversos medicamentos vem sendo notificada de modo reiterado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) ao Ministério da Saúde, ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O último comunicado foi em 16 de agosto”, afirma.

Além disso, outros 14 medicamentos encontram-se com fornecimento irregular, com estoque inferior a 60 dias. São fármacos para tratamento de artrite reumatoide, espondilite, crohn, psoríase, doença renal, esclerose múltipla, esquizofrenia, fibrose cística, mucopolissacaridose do tipo VI, psoríase.


saiu: saude.ba.gov.b

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Em laboratório, técnica que combina anticorpos e fototerapia elimina vírus HIV

 Anticorpo com moléculas sensíveis à luz se liga a vírus e células infectadas, destruindo o HIV por meio de iluminação específica

Pesquisa foi realizada no Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e mostrou a eficiência de uma técnica que combina fototerapia e imunoterapia – a fotoimunoterapia (FIT) – para combater o HIV, o vírus da Aids – Foto: Reprodução/Youtube

 

Testes em laboratório realizados em pesquisa do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP indicam bons resultados de uma técnica que combina fototerapia e imunoterapia – a fotoimunoterapia (FIT) – para combater o HIV, o vírus da Aids. Os pesquisadores desenvolveram um anticorpo com moléculas sensíveis à luz, capaz de se ligar ao vírus e a células infectadas pelo HIV presentes no sangue, destruindo-as por meio de uma iluminação específica. Novos estudos serão necessários para permitir o uso da técnica em seres humanos, como um complemento aos medicamentos retrovirais no combate à infecção pelo HIV.

Francisco Eduardo Gontijo Guimarães – Foto: Acervo pessoal

A terapia é descrita em artigo publicado no site da revista científica ACS Omega. “Nessa pesquisa, abordamos dois aspectos importantes quando consideramos uma terapia eficaz para o combate ao vírus, as células de defesa infectadas pelo HIV ainda persistem por décadas em pacientes que recebem terapia antirretroviral e o aumento alarmante de vírus HIV resistente aos medicamentos”, afirma o professor Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, coordenador da pesquisa. “Propomos nesse estudo a aplicação da FIT, não apenas contra as células de defesa que, quando infectadas, expressam as proteínas do envelope do HIV em suas membranas, mas também contra o próprio HIV circulante no sangue.”

A FIT combina terapia fotodinâmica e imunoterapia, direcionada a proteínas do envelope do HIV. “Usamos diferentes estratégias terapêuticas para alvejar e eliminar células infectadas e o próprio HIV usando fotossensibilizadores ligados a anticorpos que têm a capacidade de se ligarem a proteínas virais específicas, ou seja, os anticorpos ‘armados’ com moléculas fotossensibilizadoras se ligarão apenas ao alvo preestabelecido nas membranas de células doentes e nas proteínas do envelope do vírus circulante”, relata o professor. “Nessa situação teremos condição de eliminar apenas as células infectadas e o vírus através da iluminação com luz de comprimento de onda específico.”

Os anticorpos foram desenhados de forma estratégica para carregar fotossensibilizadores e agir apenas nas células-alvo infectadas pelo HIV e no próprio vírus circulante no sangue. “Além disso, ao ligar o fotossensibilizador ao anticorpo, estamos resolvendo alguns problemas da terapia fotodinâmica, como a baixa especificidade, dosagem e instabilidade da molécula fotossensibilizadora em meio aquoso”, destaca Guimarães. “Esta estratégia é importante pelo fato de que, na maioria dos casos, os fotossensibilizadores mostram-se instáveis em meio aquoso, o que inviabiliza muito o processo de terapia fotodinâmica.”

Moléculas sensíveis à luz

Os testes com a FIT, realizados in vitro, usaram duas moléculas fotossensibilizadoras. “Na primeira estratégia, as moléculas foram ligadas no interior do anticorpo para ficarem protegidas da ação ambiente”, aponta o professor. “Na segunda estratégia, as moléculas foram ligadas na parte exterior do anticorpo para variarmos o ‘carregamento’ molecular em cada anticorpo, ou seja, controlamos o número de moléculas ligadas ao anticorpo.”

A pesquisa mostra que anticorpos humanos contendo moléculas fotossensibilizadoras ligadas em sua estrutura, chamados de fotoimunoconjugados (FIC), ao se ligarem na membrana celular, induzem à morte das células doentes devido a danos físicos à membrana por oxigênio singleto (uma forma mais reativa de oxigênio), que é independente do tipo de fotossensibilizador utilizado.

“Observamos que os anticorpos com moléculas fotossensibilizadoras pode destruir as cepas virais, provavelmente via dano físico no envelope do HIV”, ressalta Guimarães. “Desse modo, nós demonstramos uma terapia que pode ser usada como uma possível ferramenta auxiliar para a terapia antirretroviral, matando células que expressam HIV e HIV livre de células, respectivamente. A técnica é potencialmente menos tóxica que os antirretrovirais e pode adicionar mais potencial ao controle ao HIV.”

Ligação dos anticorpos com moléculas sensíveis à luz com o vírus HIV (à esquerda) e com célula infectada pelo vírus (à direita), antes e depois da aplicação de luz que inativa suas funções vitais – Foto: Francisco Eduardo Gontijo Guimarães

 

De acordo com o professor, a terapia por antirretrovirais, em alguns casos, causa danos à saúde humana em longo prazo devido à toxicidade de drogas. “As moléculas presentes nos anticorpos são seletivas e não são afetadas pela resistência aos medicamentos usados atualmente”, observa. “Se a eficácia for comprovada ‘in vivo‘, a terapia associada ao tratamento por antirretrovirais pode reduzir a dose e o número desses medicamentos antirretrovirais e diminuir a toxicidade desses medicamentos no longo prazo.”

“Observamos que os anticorpos com moléculas fotossensibilizadoras podem destruir as cepas virais, provavelmente via dano físico no envelope do HIV”, ressalta Guimarães. “Desse modo, nós demonstramos uma fotoimunoterapia que pode ser usada como uma possível ferramenta auxiliar para a terapia antirretroviral, matando células que expressam HIV e HIV livre de células, respectivamente. A técnica é potencialmente menos tóxica que os antirretrovirais e pode adicionar mais potencial ao controle ao HIV.”

Segundo Guimarães, ainda existem problemas a serem solucionados para o uso da técnica em uma terapia contra o HIV. “Deve-se solucionar a presença persistente do vírus, potencialmente em tecidos com baixa penetração dos retrovirais, e eliminar a replicação residual do vírus em células infectadas adormecidas, na forma latente. Devemos demonstrar que a fotoimunoterapia tem acesso a esses tecidos e reservatórios”, planeja. “Estas etapas devem ser realizadas em estudos a serem realizados em modelos animal e em humanos. Como a técnica não depende do tipo de fotossensibilizador, podemos escolher um tipo que atua com luz infravermelha, por exemplo. Nesse caso é possível ter acesso direto às células infectadas em órgãos como intestinos e vasos linfáticos através da iluminação externa.”

Vídeo demonstra o processo da fotoimunoterapia; anticorpos com moléculas sensíveis à luz se ligam ao vírus HIV ou a células infectadas, que são inativadas por meio de iluminação com um comprimento de onda específico – Vídeo: Cedido pelo pesquisador

Mohammad Sadraeian – Foto: Acervo Pessoal

A pesquisa teve a participação de Mohammad Sadraeian, primeiro autor do artigo, que realiza estudos de pós-doutorado com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e do professor Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, ambos do IFSC. Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), colaboraram Edgar Ferreira da Cruz e os professores Luiz Mário Ramos Janini e Ricardo Sobhie Diaz, do Laboratório de Retrovirologia. O trabalho contou ainda com as contribuições de Ross W. Boyle, da University of Hull, Calise Bahou e o professor Vijay Chudasama, do University College London (Reino Unido).

Mais informações: e-mail guimarae@ifsc.usp.br, com o professor Francisco Eduardo Gontijo Guimarães

saiu: jornal.usp

Prisão de Roberto Jefferson ocorre em inquérito do STF que driblou a PGR; entenda

A Polícia Federal prendeu na manhã desde sexta (13) o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB. A prisão foi solicitada na quarta-feira (4) pela delegada Denisse Ribeiro. Além da prisão, Moraes autorizou o cumprimento de busca e apreensão.

A ação é no âmbito da investigação sobre suposta organização criminosa digital voltada a atacar as instituições a fim de abalar a democracia aberta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após o procurador-geral da República, Augusto Aras, pedir o arquivamento do inquéritos dos atos antidemocráticos.

Qual foi o drible de Moraes? No início de julho, Moraes determinou o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos e a abertura de outra investigação para apurar a existência de uma organização criminosa digital voltada a atacar as instituições a fim de abalar a democracia, driblando pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).

O magistrado faz referência ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) 12 vezes na decisão e afirma que é necessário aprofundar as investigações para verificar se aliados do presidente Jair Bolsonaro usaram estrutura pública do Palácio do Planalto, da Câmara e do Senado para propagar ataques às instituições nas redes sociais.

No dia 4 de junho, a PGR havia pedido o encerramento da apuração sobre os atos antidemocráticos no Supremo sob o argumento de que os investigadores não encontraram provas contra autoridades com foro especial. Além disso, solicitou o prosseguimento da investigação de seis casos em primeira instância.

Moraes mencionou também o chefe do Executivo e outros dois filhos dele, o senador Flávio (Patriota-RJ) e o vereador Carlos (Republicanos-RJ), ao abordar a análise que a Polícia Federal fez sobre contas inautênticas derrubadas pelo Facebook.

Qual o prazo do novo inquérito e as justificativas e objetivos de Moraes? O ministro do Supremo atendeu o pedido de arquivamento do inquérito anterior feito pela PGR, mas determinou a instauração de outro inquérito que terá duração inicial de 90 dias.

Na contramão do que havia pedido a PGR, Moraes afirmou que os eventos identificados pela Polícia Federal que deveriam ter a investigação aprofundada têm de ficar no STF em vez de serem remetidos à primeira instância.

“Nessas hipóteses, conforme entendimento pacífico dessa Corte Suprema, compete ao próprio STF definir os termos de eventual desmembramento da investigação e a eventual remessa às demais instâncias judiciais”, afirmou.

Com a decisão, Moraes encontrou uma forma de manter a investigação contra expoentes do movimento bolsonarista que costumam atacar as instituições, apesar de a PGR, que é a responsável pelas apurações, ter solicitado o encerramento do caso perante o Supremo.

O ministro seguiu o pedido da Procuradoria para arquivar a parte do inquérito relativa a parlamentares ligados ao governo, mas, ao determinar o prosseguimento da investigação no STF sobre pessoas com foro especial, citou a relação desses atores com autoridades próximas de Bolsonaro.

O pedido de arquivamento feito pela PGR ocorreu no início de junho, a menos de dois meses da abertura de uma vaga no STF, da qual o chefe da Procuradoria, Augusto Aras, está em campanha para ser indicado.

A decisão de Moraes busca driblar o alinhamento de Aras a Bolsonaro? Sim. Desde que assumiu o cargo atual, Aras tem feito diversos gestos em direção a Bolsonaro. A solicitação para encerrar o inquérito dos atos antidemocráticos, que tem aliados do presidente na mira, foi interpretado dentro da PGR como mais um sinal nesse sentido.

Moraes, porém, barrou a tentativa da Procuradoria. A jurisprudência do Supremo afirma que a corte deve seguir pedidos de arquivamento feitos pelos investigadores.

O ministro, porém, afirmou que pode determinar a continuidade da investigação no STF porque seria do tribunal a responsabilidade por analisar pedidos de remessa de investigações a instâncias inferiores.

O ministro disse que os elementos levantados pela PF apontam para a “existência de uma verdadeira organização criminosa” que é “absolutamente semelhante” àquela identificada no inquérito das fake news, que mira parlamentares, blogueiros e empresários aliados de Bolsonaro.

Por isso, Moraes determinou o compartilhamento das provas coletadas no inquérito dos atos antidemocráticos com as apurações voltadas à rede de fake news.

​Quais os possíveis crimes investigados? Na decisão pela abertura do novo inquérito, Moraes citou as hipóteses criminais levantadas no curso do inquérito dos atos antidemocráticos. Uma delas diz respeito a um possível movimento online para “promover a difusão de ideias com potencial de causar instabilidade na ordem política e social”.

Essa hipótese da PF se baseia em relatório da Atlantic Council, empresa que monitora a atuação de grupos que disseminam fake news nas redes sociais e que produziu um levantamento para o Facebook.

A partir desse relatório, a PF buscou mais elementos e afirmou que as pessoas mencionadas pela Atlantic e outras “ainda não identificadas se uniram em unidade de desígnios com o objetivo de obter vantagens político-partidárias por meio da produção e da difusão de propaganda de processos ilegais”.

Segundo a corporação, foram identificadas pessoas que acessavam as páginas que disseminavam fake news de dentro de órgãos do governo federal.

Qual a origem das investigações dos atos antidemocráticos? O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto em abril de 2020 para investigar bolsonaristas envolvidos com as manifestações que defendiam o fechamento do STF e do Congresso, além da volta da ditadura militar.

O pedido de abertura da investigação foi feito pela PGR um dia depois de Bolsonaro participar de uma manifestação em frente ao QG do Exército em Brasília.

Em oito meses de apuração, a partir de buscas e quebra de sigilos bancário e telemático, a PF coletou informações sobre influentes nomes do bolsonarismo, como o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten e o blogueiro Allan dos Santos.

A PF defendeu o aprofundamento das investigações em dezembro. A PGR, por sua vez, levou cinco meses para se pronunciar e seguiu linha contrária à da polícia.

O órgão pediu ao Supremo o arquivamento do caso perante o tribunal. A manifestação ocorreu às vésperas da abertura de uma vaga no STF, para a qual o procurador-geral da República, Augusto Aras, quer ser indicado.

Moraes determinou que as investigações no novo inquérito fossem presididas pela equipe chefiada pela delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, encarregada do inquérito dos atos antidemocráticos, em virtude da conexão probatória existente com a apuração das fake news.

O Supremo tem atropelado a PGR e adotado medidas controversas para enfrentar o bolsonarismo? Sim. Em guerra com o Palácio do Planalto, o STF tem adotado medidas heterodoxas e atropelado a PGR na tentativa de conter o avanço bolsonarista contra as instituições.

As decisões da corte ajudaram a reduzir a disseminação de fake news e de ataques à democracia nas redes sociais e também culminaram, por exemplo, no pedido de exoneração de Ricardo Salles, que conduziu uma agenda antiambiental no Ministério do Meio Ambiente

Por outro lado, especialistas temem que a atuação do Supremo com ações à margem das regras habituais gere um precedente perigoso à democracia. Um dos riscos apontado trata das consequências que podem provocar os embates com o procurador-geral, Augusto Aras.

Quais os exemplos mais recentes desse tipo de atuação? Recentemente, o tribunal autorizou uma ação policial contra Salles sem ouvir a PGR e também driblou o pedido do órgão para arquivar o inquérito dos atos antidemocráticos, apesar de a jurisprudência determinar que esse tipo de manifestação da PGR deva ser atendido.

Especialistas reconhecem a necessidade de o Supremo adotar medidas duras contra o bolsonarismo, mas dizem que tergiversar com o devido processo legal, independentemente da finalidade que se busque, pode levar à criação de precedentes perigosos que, no futuro, venham a ser usados de maneira arbitrária pelo Judiciário em geral.

Além das decisões judiciais, a corte também iniciou um movimento fora dos autos para barrar bandeiras do presidente.

Foi o caso, por exemplo, da implementação do chamado voto impresso. Ministros do Supremo articularam com 11 partidos um movimento contra a mudança na urna eletrônica e botaram em xeque a maioria que Bolsonaro tinha em relação ao tema.

Qual foi a primeira medida controversa nessa linha do STF? Um dos primeiros indícios de que o STF estava inclinado a criar uma espécie de jurisprudência da crise para avançar em regras instituídas a fim de se contrapor a Bolsonaro foi em março de 2019, com a instauração do inquérito das fake news.

A investigação foi aberta de ofício, ou seja, sem requisição da Procuradoria, que, no sistema acusatório brasileiro, é a titular da ação penal.

A decisão individual do então presidente do STF, Dias Toffoli, causou estranheza porque, segundo a Constituição, o Judiciário só pode agir quando é provocado, e a responsável por pedir a abertura de apuração criminal deve ser a PGR.

Além disso, também foi alvo de críticas a designação do ministro Alexandre de Moraes como relator do caso, sem a realização de sorteio, como ocorre geralmente em investigações que são iniciadas no Supremo.

Inicialmente, o inquérito foi alvo de críticas internas na corte, com resistência de alguns integrantes em avalizar a medida. Prova disso é que Toffoli não quis levar, naquela ocasião, sua decisão para referendo do plenário.

Com o passar do tempo, o aumento da disseminação da fake news e ameaças a ministros por parte da militância bolsonarista mudou o humor do Supremo sobre o caso. Mais de um ano depois, o plenário, por 10 a 1, manteve a decisão de instaurar o inquérito das fake news.

saiu: Folhapress

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Vereador é alvo de mandados de busca e apreensão suspeito de ‘rachadinha’

Foto: Assessoria/Polícia Civil BA

Foto: Assessoria/Polícia Civil BA

Segundo a polícia, político está no seu primeiro mandato e é proprietário de clínicas psiquiátricas na cidade

Uma operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão em imóveis de um vereador investigado por envolvimento em um esquema conhecido como ‘rachadinha’, na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia. O nome do vereador não foi informado.

Segundo a polícia, ele está no seu primeiro mandato e é proprietário de clínicas psiquiátricas na cidade.

De acordo com o delegado titular da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), Evy Silva Nery Júnior Paternostro, denúncias foram feitas por servidores públicos em cargos comissionado do Poder Legislativo Municipal, nomeados para o gabinete dele, que relataram que ao receber seus salários tinham que devolver parte do dinheiro.

Ainda de acordo com o delegado, na recusa, os funcionários foram ameaçados e exonerados da função.

Ao todo foram apreendidos nos locais oito celulares, um notebook, dispositivos eletrônicos e documentos que serão objeto de análise para a coleta de provas dos crimes investigados.

Um dos mandados foi cumprido em uma clínica, que conforme informações da polícia, tinha pacientes. “Quando chegamos para cumprir um dos mandados na clínica, encontramos um dos pacientes pedindo socorro. Ao verificar, os policiais identificaram que os quartos são trancados com cadeados por fora, e só são abertos durante o dia. Vamos abrir um inquérito para investigar maus tratos contra os pacientes”, explicou o delegado.

De acordo com a Polícia Civil, a operação “Cúria” foi deflagrada por policiais da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin). Participaram também equipes da 6ª Coorpin de Itabuna.

Vereadores denunciam prefeita e vice-prefeito de Ibirataia por nomeação de diversos parentes

Foto: Reprodução

Vice-prefeito Juca Muniz e a prefeita Ana Cléia são alvo de denúncia de nepotismo feita por vereadores da cidade

A prefeita de Ibirataia Ana Cleia (PSD) nomeou três parentes para cargos de primeira escalão na administração municipal, além da mulher do vice-prefeito, Juca Muniz (PP), como diretora de uma escola. Um dos vereadores denunciantes é correligionário da prefeita, Chales Mosquito, também do PSD, que assinou a denúncia com o vereador Antonio Santos de Jesus (MDB).

A denúncia foi protocolada no Ministério Público da Bahia na segunda-feira (9) e no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) na terça-feira (10). No despacho, cuja cópia foi encaminhada a este Política Livre, os vereadores pedem investigação dos órgãos de controle para apurar os crimes de nepotismo e improbidade administrativa na cidade de Ibirataia, localizada no Sul da Bahia.

Nas nomeações realizadas por Ana Cleia, está o marido dela, Valdo de Araújo Silva, como secretário de Governo; o irmão, Admilson Joaquim dos Santos Júnior, como titular da pasta de Finanças; e o cunhado, João Matheus de Araújo Silva, na Agricultura. Já a cunhada da prefeita, Alexandra Ribeiro de Oliveira, foi nomeada coordenadora de Planejamento, Desenvolvimento e Controle da Saúde.

Na denúncia figuram ainda nomeações da mulher do vice-prefeito Juca Muniz, Daniele Oliveira Muniz Ferreira, como diretora escolar e seus cunhados na administração municipal. O cunhado de Muniz, Darlan Oliveira dos Santos, foi nomeado chefe do Setor de Manutenção e Conservação de Estradas e Rodagens; já a cunhada dele, Ludmila de Almeida Muniz Ferreira, é coordenadora pedagógica de Educação de Jovens e Adultos.

Além destes citados na denúncia dos vereadores, ainda há a nomeação de Bruna Lima Nascimento, irmã do secretário de Saúde, como coordenadora da Atenção Básica. “O que chama atenção na denúncia é que o secretário de Finanças, o irmão da Prefeita, é enfermeiro. Já o marido não tem formação superior e é o atual secretário de Governo e o secretário de Agricultura é advogado”, dizem os vereadores na denúncia que pede o afastamento de todos de seus respectivos cargos e a devolução dos salários pagos indevidamente.

ANTT anuncia redução de tarifas dos pedágios operados pela ViaBahia.

 

Foto: Divulgação

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou nesta terça-feira (10) a redução das tarifas dos pedágios nas BRs-324 e 116 e BAs-526 e 528, operadas pela concessionária ViaBahia.

“A ViaBahia (BR-324/116/BA) acaba de ter seu pedágio reduzido pela @ANTT_oficial [ Agência Nacional de Transportes Terrestres] por conta do não cumprimento de obrigações previstas em contrato. Aí está importância do fortalecimento da regulação. Dar satisfação quanto à qualidade do serviço ofertado ao usuário”, afirmou Tarcísio, por meio de publicação no Twitter.

 

As tarifas ficam da seguinte maneira: BR-116/324/BA e BA 526/528, praça de pedágio1 e P2 de R$2,90 para R$2,40 e P3 a P7 de R$5,10 para R$4,30.

 

As novas tarifas entram em vigor a partir de 00h do próximo sábado (14).

 

As críticas feitas pelo governo federal à concessionária são constantes. Em outubro do ano passado, Tarcício afirmou que o grupo deixou de investir mais de R$ 700 milhões nas rodovias estaduais. A gestão tenta romper o contrato com a ViaBahia.