segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Mulheres posam de biquíni com viatura da Polícia Civil; Corregedoria investiga

 Mulheres fizeram foto em viatura da Polícia Civil

Mulheres fizeram foto em viatura da Polícia Civil Foto: Reprodução
Extra
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RIO - A Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPOL) investiga uma foto em que três mulheres com trajes de banho posam com uma viatura da corporação. Na imagem, postada no Instagram, o carro — que parece estar estacionado no jardim de uma casa — aparece com a placa coberta.

Os corregedores apuram se uma das mulheres que aparece na imagem é parente de um policial. Numa nota enviada ao EXTRA, a Polícia Civil confirmou que a imagem está sendo investigada e afirmou que "a conduta é considerada de natureza grave e o agente poderá ser demitido".

No ano passado, a CGPOL abriu um procedimento para investigar imagens que viralizaram na internet de uma mulher nua no interior da 129ª DP (Iguaba Grande), situada na Região dos Lagos. A apuração constatou que a mulher é companheira de um inspetor da corporação lotado na unidade. As imagens que viralizaram na internet, em setembro do ano passado, fariam parte de um sonho da moça, que disse ter fetiche de praticar relações sexuais em repartições públicas. O policial segue afastado das suas funções.

De acordo com as investigações, o casal teria esperado por um horário de menor movimento durante o turno em que o policial estava de plantão na distrital para tirar as fotos. Uma das imagens mostram a mulher totalmente despida saindo de uma viatura estacionada na porta da 129ª DP. Em seguida, ela também aparece subindo uma escada na delegacia.

Ainda segundo o procedimento, as fotos vazaram porque os dois as encaminharam para um grupo de WhatsApp de swing (troca de casais) do qual fazem parte e alguém as compartilhou em outras conversas pelo aplicativo. Em algumas horas, as imagens viralizaram nas redes sociais, o que serviu de base para instauração da sindicância.


FONTE: extra.globo


CARTILHA EXPLICA DIREITOS DE PESSOAS COM TUBERCULOSE, HIV E TB/HIV

 

do portal Saúde Pulsando

Rede Paulista de Controle Social da Tuberculose (RPCSTB) acaba reeditar a cartilha “Marcos Legais para Apoio aos Doentes de Tuberculose”. A publicação traz, além dos meios de infecção e transmissão da tuberculose (TB), as formas de infecção pelo HIV, bem como informações fundamentais para o tratamento da tuberculose, do HIV e da coinfecção TB/HIV.

Um dos objetivos desta reedição, segundo José Carlos Veloso, coordenador da RPCSTB, é “facilitar a intersetorialidade de programas e projetos nas diferentes áreas, como saúde, segurança alimentar e nutricional, meio ambiente, assistência social, educação, cultura e geração de trabalho e renda, para diminuição das profundas diferenças sociais existentes”.

Por isso, a reedição traz todas as legislações sobre os temas elencados, quem tem os direitos relacionados na lei e como acessá-los.

Com 5 mil exemplares impressos, a publicação é um dos produtos do Projeto “Ações colaborativas no enfrentamento da coinfecção TB/HIV”, financiado pela Coordenadoria de IST/Aids de São Paulo, em 2019. Os exemplares serão utilizados nas ações da RPCSTB e a cartilha está disponível aqui.

“Esperamos com essa publicação, promover a difusão das informações sobre os direitos das pessoas afetadas pela tuberculose, não só como incentivo ao tratamento, mas como acesso a direitos universais garantidos na Constituição Brasileira”, conclui Veloso.

Idealizada em 2008 com discussões em fóruns sobre tuberculose, sobre os direitos a saúde e proteção social das pessoas afetadas pela tuberculose e pela coinfecção TB/HIV, a primeira edição foi publicada em 2012.

Fonte: rnpvha

Wagner é um dos únicos vistos como sucessor natural de Lula dentro do PT

 

Divulgação

Senador pela Bahia, Jaques Wagner é um dos líderes nacionais do partido

O PT apresentou nas eleições municipais de 2020 e em recentes filiações uma lufada de novos nomes, mas todos ainda distantes do núcleo de comando, o que sinaliza uma dificuldade de renovação da sigla comandada por Luiz Inácio Lula da Silva e que completou 42 anos no último dia 10.
Em conversas com petistas de variadas correntes nas últimas semanas, a Folha ouviu o nome de apenas dois políticos como possíveis sucessores naturais de Lula, que tem 76 anos —o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, 59, que despontou para o primeiro time do partido a partir de seu trabalho no Ministério da Educação (2005-2012), e o senador Jaques Wagner, 70, um dos fundadores do PT.
A necessidade de renovação no partido é um discurso recorrente do próprio Lula, que começou a bater na tecla com mais ênfase após os gigantescos protestos de rua de junho de 2013. Se for eleito em 2022, o petista encerraria seu próximo mandato no Planalto com 81 anos.
Vinte anos depois de conseguir seu primeiro mandato presidencial, Lula tem em seu círculo mais próximo várias pessoas que já figuravam com destaque na campanha de 20 anos atrás —muitos, assim como ele, na casa dos 60 e 70 anos de idade.
O PT cresceu nos anos 80 e 90 bastante identificado com a juventude, em especial nos protestos que impulsionaram o impeachment de Fernando Collor de Mello (1992).
Hoje, a bancada de deputados federais do partido é a mais velha da Câmara, na média (58 anos), e há ainda a concorrência do PSOL —criado por dissidentes em 2004— na busca pelo eleitorado e por líderes políticos mais jovens.
Nesse ponto, a ascensão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o atual favoritismo de Lula contribuíram para a entrada de caras novas no partido, alguns deles vindos exatamente do PSOL —como o ex-deputado federal Jean Wyllys, 47, e o historiador Douglas Belchior, 43, um dos principais líderes do movimento negro em São Paulo.
De volta ao PT após 16 anos de permanência no PSOL, Belchior, que é pré-candidato a deputado federal, diz que há uma mudança em curso dentro do PT. Um dos fundadores do Coalizão Negra por Direitos, Belchior afirma que a transformação acontecerá em resposta à sociedade, não pela vontade de um ou de outro.
Ele compara o PT a um transatlântico para dizer que, em um partido tão grande, as mudanças exigem tempo. Questionado se integra uma das correntes internas do PT, cuja correlação de forças determina o poder dentro do partido, Belchior brinca: "Preto e corrente são coisas que não combinam".
"O PT tem o processo das cotas. Toda a direção precisa ter pelo menos 10% de jovens e 20% de negros. Então o processo de renovação interno, de transição geracional, ele é feito a todo momento", diz Nádia Garcia, 26, secretária nacional da Juventude do PT.
Como apostas do partido, ainda praticamente desconhecidas em âmbito nacional, ela cita, entre outros, nomes como Camila Moreno, da Executiva Nacional do PT, Anne Karolyne, secretária nacional de mulheres do PT, Vitor Quarenta, um dos formuladores das teses do partido, João Victor Mota, idealizador do movimento Representa, de renovação na legenda, e as vereadoras eleitas em 2020 Dandara (a mais votada de Uberlândia, em Minas), Moara Saboya (Contagem, em Minas), Brisa (Natal) e Camila Jara (Campo Grande), além de Vinicius Castello (Olinda).
De dentro da estrutura partidária, a tesoureira do PT, Gleide Andrade, deverá disputar uma cadeira de deputada federal nas próximas eleições.
Alheias à máquina petista e à organização interna do partido, vereadoras de primeiro mandato também se preparam para concorrer à Câmara de Deputados.
Mais jovem vereadora de Florianópolis e única eleita pelo PT na cidade, a socióloga Carla Ayres, 33, já lançou sua candidatura. Filiada ao partido desde os 16 anos, ela concorreu pela primeira vez em 2016, em meio ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, como fruto da construção coletiva de movimentos LGBTQIA+ e feministas.
Sem participar organicamente de uma corrente petista, Carla concorreu em 2020 com uma campanha apoiada em ações virtuais, apesar das dúvidas lançadas sobre sua viabilidade eleitoral.
"O termo viabilidade eleitoral é muito presente no vocabulário do partido", afirma ela.
Em comum, essas vereadoras rechaçam a expressão "identitarismo" para definir sua agenda política e pregam a renovação partidária. Suas candidaturas foram fundadas em movimentos coletivos.
A candidatura de Maria Marighella à Câmara de Vereadores de Salvador amparou-se no ManifestA ColetivA, que chama de "movimentação cidadã de ocupação da política institucional". Neta do guerrilheiro Carlos Marighella, Maria, 44, filiou-se ao PT em fevereiro de 2020, após atuar em governos petistas como gestora de políticas públicas para a cultura.
Pré-candidata à Câmara de Deputados, diz que sua eleição é a validação do modo de fazer política que defende. "Quando você tem um êxito eleitoral, as pessoas param para te ouvir", afirma.
Declarando-se "assumidamente lulista", a vereadora Liana Cirne, 50, conta que não vislumbrava a possibilidade de entrar para a política institucional até o processo que levou ao impeachment de Dilma em 2016, um ano antes de se filiar ao PT.
Professora de direito, já advogava para movimentos sociais, como Ocupe Estelita e Maracatuzeiros. Hoje, diz que quer contribuir para a renovação política dentro do partido. Na sua opinião, Lula é a figura que melhor representa o desejo de renovação interna do PT.
Liana afirma que sua própria eleição demonstra que é possível ter espaço dentro do partido. "Tenho que me adaptar à forma de organização dele, ao mesmo tempo que luto para que o partido se alinhe ao desejo de Lula de renovação", diz.
Alguns nomes já relativamente antigos na estrutura partidária também reivindicam o rótulo de novo.
É o caso do secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto, hoje sem mandato, que é pré-candidato a deputado federal, e que brinca ao comentar o debate sobre renovação. "Eu sou a renovação. Eu sou o novo."
Elogiando a atual direção do PT, da qual faz parte, Jilmar diz que a transformação já aconteceu no partido. "Onde está a velha guarda? O Zé Dirceu? O Genoino? Esse povo não comanda mais o partido", diz, em referência a dois ex-presidentes da legenda que, atualmente, participam da militância interna.
Jilmar diz que, sob sua gestão, a comunicação do PT melhorou da água para o vinho, e que o atual comando petista tirou o partido do ostracismo. Ele também minimiza a possibilidade de renovação partidária saída das urnas. Segundo ele, deve-se buscar a ampliação dos quadros do partido, mantendo quem já está. "É mais ampliação do que renovação. O resto é discurso. Não caia nessa."
Também um dos nomes em ascensão dentro do partido, apesar de estar no quinto mandato de deputado federal, Reginaldo Lopes (PT-MG), 48, líder da bancada na Câmara, cita também como parte da renovação governadores do PT que encerram agora em 2022 o ciclo da reeleição, com possibilidade, os três, de disputar uma vaga no Senado —Camilo Santana (CE), Rui Costa (BA) e Wellington Dias (PI). "O PT está com uma safra de governadores muito interessante", afirma.
Filho de produtores rurais, o deputado estadual Edegar Pretto, 50, foi escolhido candidato do PT ao Governo do Rio Grande do Sul, graças ao estímulo dos ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro. Líderes do PT no estado, os dois descartaram a hipótese de concorrer, defendendo a ascensão de novos nomes do partido.
Defensor da produção de alimentos saudáveis, da agricultura familiar e membro do Comitê Brasil ElesPorElas (HeForShe), da ONU Mulheres, Edegar aposta na renovação partidária.
"Não é fácil. Às vezes leva a cabeça e não leva o corpo junto", afirma ele, em uma metáfora com a estrutura do partido.
Ex-presidente do PT, também deputado federal e integrante da executiva nacional do partido, Rui Falcão, 78, integra hoje corrente minoritária que se declara contrária a uma chapa de Lula com o ex-tucano Geraldo Alckmin. Ele defende um processo de fortalecimento do coletivo partidário como forma de reduzir a dependência desse ou daquele nome.
"O que me preocupa não é renovação, isso sempre ocorre e é positivo, o que me preocupa é que a gente possa perder a identidade e se igualar a outros partidos. Por isso é preciso combater o pragmatismo e fortalecer as estruturas partidárias, a formação política, favorecer os processos coletivos, e não ficar acreditando só no poder de lideranças individuais."
Outros nomes da nova safra citados por petistas são as deputadas federais Marília Arraes (PE), 37, e Natália Bonavides (RN), 33, e o senador recém-filiado Fabiano Contarato (ES), 55.

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Fonte: bnews

PMs sequestram homem em Salvador, mas acabam presos por colegas de farda

Alberto Maraux/SSP-BA

Os PMs estavam a bordo do veículo da vítima, que foi abordada no bairro do Stiep

Na tarde de terça-feira (22), dois policiais militares foram presos pelos próprios colegas de farda após terem sequestrado um homem no bairro do Stiep, em Salvador. A informação foi confirmada ao BNews nesta quinta-feira (24) pela assessoria de comunicação da Polícia Militar. O órgão não informou, no entanto, o nome dos suspeitos e nem a corporação que eles fazem parte.

A vítima estava a bordo de um carro modelo T Cross trafegando pela Rua Professor Manoel Ribeiro, por volta das 16h, quando os PMs abandonaram o automóvel em que estavam, um veículo modelo Punto, para irem em direção ao da vítima.

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Após anunciarem o crime, eles entraram dentro do carro do homem e fugiram do local. Moradores que presenciaram o sequestro ligaram para central de polícia e denunciaram a ação criminosa. Logo em seguida, policiais da 39° Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) do bairro da Boca do Rio foram acionados para atender a ocorrência.

Os policiais flagraram os colegas de profissão dentro do veículo da vítima e deram voz de prisão. Com os dois foram apreendidos duas pistolas calibre 40; quatro carregadores de pistola; 52 munições; dois coletes a prova de balas; um par de algemas; um alicate corta fio; um pé de cabra; um capuz que cobre todo o rosto; e dois aparelhos celulares. Os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO). Não há informações se a vítima ficou ferida.

Fonte: bnews

Igor Kannário não indenizará policial militar por ofensas durante Carnaval de 2020

 

Igor Kannário não indenizará policial militar por ofensas durante Carnaval de 2020
Foto: André Carvalho / Ag. Haack / Bahia Notícias

O cantor e deputado federal Igor Kannário foi absolvido de indenizar um policial militar, por ofensas feitas pelo artista durante um show em um trio elétrico, no Carnaval de Salvador de 2020. A 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais de Salvador confirmou a sentença que negou o pedido de indenização.

 

De acordo com o site Conjur, o autor alegava que sofreu dano moral em decorrência de ofensas feitas pelo artista durante show no Carnaval, no circuito do Campo Grande. Durante um momento do show, Kannário parou de cantar porque começou uma confusão entre policiais militares e foliões. Do alto do trio, ele esbravejou: “Isso é abuso de poder, abuso de autoridade. Eu quero uma vaia para a Polícia Militar da Bahia”. Os protestos se intensificaram com o cantor chamando os policiais de “agressores” e dizendo “venha me bater aqui em cima, seu bunda mole”.

O episódio foi registrado por diversos foliões e viralizou na internet, com repercussão na mídia. O policial pediu indenização de R$ 20 mil, mesmo não tendo atuado na festa. Na ação, ele conta que a manifestação do cantor o atingiu, e por isso, deveria ser indenizado por danos morais. Na época, o cantor chegou a falar que se algo acontecesse com ele, era porque alguém da PM mandou matá-lo (veja aqui).

 

De acordo com a decisão, a Constituição Federal consagra o direito de livre manifestação do pensamento (artigo 5º, IV) e assegura a liberdade de expressão em relação à atividade jornalística, intelectual e de comunicação (artigo 5º, IX). Contudo, para fins de caracterização de dano moral, a Carta Magna não afasta a possibilidade de avaliação das consequências da divulgação do pensamento, que poderá ser considerado ofensivo, ou não, a um dos atributos da personalidade humana. Trecho da sentença aponta que somente os policiais envolvidos no caso deveriam ser indenizados pela conduta ofensiva do cantor e deputado.


Fonte: bahianoticias

‘FALTA ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO CONTRA PRECONCEITO AOS SOROPOSITIVOS’

 

Sidney Parreiras defende que as gestões estadual e municipais façam campanhas informativas e educativas

ELAINE DAL GOBBO

Do Século Diário 

No dia quatro de fevereiro, uma mulher trans foi assassinada pelo parceiro, em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado, após relatar que vivia com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). O crime, afirma o representante do Espírito Santo na Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e conselheiro estadual de Saúde, Sidney Parreiras, é mais do que transfobia, sendo marcado também pela sorofobia e falta de atuação do poder público na disseminação de informações que possam combater o preconceito.

No Espírito Santo, de acordo com Sidney, nem a gestão estadual nem as municipais têm cumprido esse papel. “É tão assustador, em pleno século XXI, uma pessoa matar a outra por descobrir que ela é soropositiva. É muita falta de informação sobre a evolução do tratamento. O que está sendo feito? Nada. Em São Paulo, por exemplo, há cartazes no metrô falando sobre a PrEP [Profilaxia Pré-Exposição], sobre a Pep [Profilaxia Pós-Exposição], sobre carga viral indetectável. Aqui não há nada disso”, denuncia.

Sidney acredita que se houvesse campanhas educativas nas mídias, as pessoas não teriam tanto preconceito em relação a quem vive com HIV, por saber que quando se tem carga viral indetectável, é possível viver normalmente, até mesmo se relacionar com uma pessoa que não está infectada, pois não se transmite a doença. Para ele, muitos ainda associam o HIV à morte, como disseminado nos anos 80, quando o vírus foi descoberto e o tratamento ainda não tinha evoluído tanto.

Sidney faz críticas não somente à falta de empenho do poder público em desmistificar essa imagem, mas também ao fato de que os serviços, em termos de prevenção e assistência, “deixam a desejar”. “O SUS [Sistema Único de Saúde] é maravilhoso, o que estraga são os gestores, que não dão continuidade às políticas corretamente, devidamente”, afirma, destacando que na Capital, Vitória, faltam profissionais para atender à demanda dos pacientes.

‘Não tem porque ter preconceito’
A infectologista Rubia Miossi defende que, diante da evolução no tratamento do HIV, não há motivos para ter preconceito contra quem vive com o vírus. “Não tem porque achar que é uma doença mortal, que a pessoa pode viver menos, que não pode fazer nada. Pelo contrário, podem trabalhar, estudar, namorar, ter filhos, ser feliz como qualquer pessoa. A única diferença é que vai precisar tomar alguns comprimidos ao longo da vida, pois ainda não há cura para a doença. A gente espera que a cura esteja disponível e diminua ainda mais o preconceito”, ressalta.
Os comprimidos aos quais a infectologista se refere são os antirretrovirais, tomados diariamente e que deixam a carga viral indetectável, ou seja, os exames não conseguem detectar a circulação do vírus no organismo. Essa condição, explica Rubia, permite à pessoa ter uma vida normal, não transmitindo o vírus até mesmo em relações desprotegidas. “A pessoa com HIV pode se relacionar com quem ela quiser, seja o parceiro soroconcordante, quando também é positivo; ou sorodiscordante, quando é negativo para vírus, seja homem com homem, mulher com mulher ou homem e mulher, tanto faz”, afirma.

A médica aponta que, tomando os remédios diariamente, sem falhar, a carga viral fica indetectável entre três e seis meses. Há casos em que isso ocorreu em 30 dias. Rubia explica que, para evitar a infecção, além da conhecida camisinha, também existem a PrEP e a Pep. A primeira é tomada diariamente, como forma de precaução, mesmo sem haver exposição ao risco. A segunda é pós-exposição, em situações como relação sexual sem camisinha ou com rompimento do preservativo. Nesse caso, são três antirretrovirais, que devem ser tomados entre 28 e 30 dias após a relação. Tanto a PrEP quanto a Pep podem ser adquiridas gratuitamente nos centros de referência.

Antirretrovirais. Foto: Unaids

Rubia destaca que essas medicações foram muito bem estudadas, seguras, e têm pouquíssimo efeito colateral. “Tudo que é colocado para dentro do nosso corpo tem efeito colateral. O mais comum é enjoo, principalmente quando começa a tomar e se estiver de barriga vazia. Pode ter efeitos nos rins e no fígado, como qualquer medicação que a gente usa. Não têm um risco maior do que as outras medicações. O benefício de não pegar o vírus é maior do que ter efeito colateral”, reforça.

Casais sorodiscordantes

O costureiro Valdisney Alves da Cunha vive com HIV há quatro anos, mas isso não é impedimento para se relacionar com uma pessoa que não é soropositiva. Em dezembro último, depois de cerca de dois anos de namoro, ele se casou com o meio oficial Estevão Margon Duarte. O namoro começou no meio virtual, quando, no Facebook, o perfil de Estevão apareceu como sugestão de amigo para Valdisney, que deu uma “stalkeada”, se interessou pelo rapaz, e resolveu enviar uma mensagem.
Arquivo Pessoal

Sua investida foi ignorada, pois Estevão estava se aproximando de outra pessoa naquele momento. Entretanto, Valdisney não desistiu e, tempos depois, mandou novamente uma mensagem. Dessa vez, obteve resposta, dando início a um relacionamento virtual, que depois de três meses tornou-se presencial.

Valdisney não contou de imediato que vive com HIV. Seu namorado descobriu por acaso. “Ele foi na minha casa, viu a caixa de antirretroviral e me perguntou o que era aquilo. Eu estava me preparando ainda para contar, mas tive que fazer isso naquele momento”, recorda Valdisney, que tinha medo da rejeição, pois isso aconteceu com alguns amigos soropositivos.

Ele acredita que, em virtude de o então namorado ser formado em Radiologia, já tinha conhecimento de que uma pessoa com carga viral indetectável não transmite o vírus. O casal não utiliza preservativo. Estevão faz uso da PrEP, e relata não sentir efeitos colaterais. “Na primeira semana tive aumento de apetite, mas depois ficou tudo normal”, afirma, salientando que não é necessário deixar de viver um amor pelo fato de o parceiro ser soropositivo.
“O receio, o temor, vem do tabu, da desinformação, da falta de conhecimento de que o indetectável é intransmissível, de que existem a PrEP e a Pep, além da camisinha. Não tem que temer. É até mais confiável se relacionar com uma pessoa diagnosticada com HIV, pois ela tem conhecimento do próprio corpo, faz acompanhamento médico periodicamente, sabe que não é esse bicho de sete cabeças”, acrescenta.
Quem também vive um relacionamento sorodiscordante é Rosalina do Carmo Santana. Ela namorou o pedreiro Leir de Assis há cerca de 30 anos, mas o relacionamento não culminou em matrimônio. De lá pra cá, muito mudou na vida de ambos, que casaram, tiveram filhos, se separaram. No caso dela, aconteceu algo a mais, que foi a infecção pelo HIV, há pouco mais de 20 anos, transmitida pelo marido.
Três décadas após se relacionarem, Rosalina e Leir se reencontraram. “Ele perguntou se eu estava sozinha, disse que não tinha me esquecido, essas coisas de homem galanteador”, recorda. Depois, “rolou um beijo, o negócio começou a esquentar”, conta. Foi aí que ela falou que precisava ter uma conversa séria com ele. O diálogo foi feito em um almoço no qual Rosalina revelou a Leir que vive com HIV.
Ao saber, segundo Rosalina, o namorado falou “nem parece”. “Isso acontece porque, muitas vezes, quando se fala em HIV, se associa a uma pessoa esquelética, debilitada”, diz. Depois do “nem parece” veio um “e aí?”, que teve como resposta por parte de Rosalina um outro questionamento: “eu que te pergunto. E aí?”.
Rosalina explicou para Leir que sua carga viral é indetectável e, portanto, ela não transmite o vírus. Os dois transam com camisinha e ela fez questão de levar o parceiro para um diálogo com sua infectologista. “A médica disse para ele ‘ame muito, namore muito, ela é indetectável e intransmissível. Está com os exames em dia, está tudo ok'”, destacou.
A informação, acredita Rosalina, é uma importante ferramenta para o combate ao preconceito. “É preciso bater na tecla de que, independentemente de rolar o relacionamento, a partir do momento que tem interesse mútuo, a melhor coisa é conversar com a pessoa. É preciso também informar, desmistificar algumas questões. A sociedade tem o HIV como doença da promiscuidade, do gay, mas não é. Ela pode atingir a todos, inclusive pessoas de relacionamentos estáveis de 10, 15 anos, quando o parceiro resolve ‘dar uma rapidinha’ fora do relacionamento sem camisinha”, alerta.

Fonte: rnpvha.org

FUNDO POSITIVO VAI INVESTIR MAIS DE R$1 MILHÃO EM PROJETOS DE PREVENÇÃO AO HIV


O símbolo de solidariedade e comprometimento com a luta contra a AIDS

O Fundo Positivo vai escolher 20 iniciativas no Brasil de prevenção ao HIV para destinar mais de R$ 1 milhão. Podem se inscrever no edital até março organizações, movimentos e fóruns que atuem em projetos voltados para o combate à doença.

O projeto foi batizado de Fundo Brasil e é mais uma ação do Fundo Positivo, criado em 2014 para financiar organizações sem fins lucrativos que atuam na área da saúde. A instituição já auxiliou mais de 131 projetos em todas as regiões do Brasil.

O Fundo Brasil, que será lançado dia 23 de fevereiro, contemplará todo território nacional, de forma a garantir o desenvolvimento de ações educativas comunitárias, disseminando as estratégias de prevenção ao HIV/aids para as populações-chave e prioritárias da epidemia em contexto de extrema pobreza.

A iniciativa surge, também, pela necessidade do Brasil, diante de tantos retrocessos na área da saúde e de Direitos Humanos, intensificar o diálogo com a sociedade sobre esse vírus tão letal. Para Harley Henriques, Coordenador Geral do Fundo Positivo, o Brasil precisa voltar a falar sobre o HIV.

“Neste momento, em especial quando temos uma epidemia de HIV que ainda é expressiva no país, com 40 mil mortes anuais, com retrocessos que aconteceram, e uma nova cepa, se criar um fundo para financiar exclusivamente projetos de prevenção ao HIV é muito importante para o país. Precisamos voltar a falar de HIV diante de todo esse contexto”, afirma Harley Henriques.

Para conhecer mais sobre o Fundo Positivo, clique aqui. 

Redação da Agência de Notícias da Aids

Dica de entrevista

Fundo Positivo

Tel.: (11) 98807-8369

E-mail: projetos@fundopositivo.org.br

Fonte: rnpvha

AMAPÁ TEM ALTA DE 21% NOS CASOS DE HIV/AIDS E REGISTROU QUASE 1 NOVA INFECÇÃO POR DIA EM 2021

 

Do site g1 AP — Macapá

Um comparativo entre os anos de 2020 e 2021 mostrou que o Amapá registrou quase 1 caso de HIV, vírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Humana (do inglês “Aids”), por dia. Foram 338 novos registros de HIV/Aids ao longo dos 365 dias do ano passado contra 268 no ano anterior, resultando no aumento de 21% nos diagnósticos da doença.

Os dados são do Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), e alertam que 62% do público infectado em 2021 são homens entre 21 e 30 anos.

Os testes para detectar a doença podem ser feitos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e os pacientes com resultado positivo são encaminhados para realizar o acompanhamento no SAE/CTA, localizado na Rua Jovino Dinoá, no Centro de Macapá, próximo ao Banco de Leite Humano (BLH).

Viver com o HIV é diferente de ter Aids. Além disso, a infecção pelo HIV não é só uma questão de saúde, mas também reflexo da falta de acesso à educação, da discriminação e violência.

Na unidade referência para tratamento de HIV/Aids são ofertadas consultas, medicamentos e exames que conseguem analisar a carga viral no sangue do paciente e avaliar o sistema imunológico para descobrir o que levou à contaminação e transmissão.

“Reforçar a prevenção através de ações de conscientização é fundamental para que essa ideia fixe socialmente. Precisamos sempre abordar e trabalhar na disseminação da importância da prevenção por meio do preservativo”, frisou a coordenadora do SAE/CTA, Virginia Moreira.

Transmissão

A principal forma de transmissão do HIV é o sexo sem preservativo. Qualquer relação sexual desprotegida está suscetível à contaminação pelo vírus, que pode levar à AIDS.

Outra forma é em contato com o sangue infectado, que pode acontecer através do uso de seringa por mais de uma pessoa ou de instrumentos cortantes não esterilizados.

A gestante com HIV também pode transmitir a doença para o filho durante a gravidez, no parto ou na amamentação com o leite materno infectado (transmissão vertical).

Sintomas

O vírus apresenta diversos sintomas no corpo humano e que podem ser atribuídos a outras enfermidades, o que torna difícil descobrir a doença sem realizar o teste.

Febre baixa, perda de apetite, perda de peso, dor de cabeça, cansaço excessivo, garganta inflamada, dores nas articulações, diarreia e sudorese noturna estão entre os sintomas mais comuns da infecção por HIV, segundo a Sesa.

Prevenção

Além de todos os métodos que já sabemos, como o uso de preservativo, o uso de medicamento com acompanhamento médico também é uma forma de diminuir os riscos de infecção após ou pré exposição sexual – ou em ambiente de trabalho.

A recomendação é que a profilaxia Pós-Exposição (PEP) seja feita nas primeiras duas horas após a exposição, e no máximo, até 72 horas após o contato de risco. A duração do medicamento é de 28 dias, e esse processo deve ser acompanhado sempre por uma equipe de saúde.

Profilaxia Pré-Exposição HIV (PPrE) é um medicamento preventivo para a Aids — Foto: Divulgação/Prefeitura de Santos

Já a Profilaxia Pré-Exposição HIV (PREP) é um medicamento preventivo para o HIV

Após esse processo, o paciente precisa continuar fazendo o acompanhamento. O método diminui em 100% as chances de desenvolver o HIV.

Em casos de menores de 12 anos e gestantes, o atendimento é feito no SAE/CTA, localizado na Rua Jovino Dinoá, número 204, de 8h às 12h e de 14h às 17h.

Os medicamentos para profilaxia pós-exposição estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Lélio Silva, Rubin Aronovitch, Marabaixo, Perpétuo Socorro, Marcelo Cândia e Bailique (Vila Progresso).

Fonte: rnpvha

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Lauro de Freitas: MP-BA pede afastamento de chefe da guarda municipal e servidora

Lauro de Freitas: MP-BA pede afastamento de chefe da guarda municipal e servidora
Foto: Reprodução / LF News

A Promotoria de Justiça de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), recomendou que a prefeita da cidade, Moema Gramacho (PT), afaste o gerente da Guarda Municipal, Laércio Machado dos Santos, e a chefe de Posto da Guarda Municipal, Iranildes Amado. Contra os dois pesa duas acusações distintas.

Em pedido desta segunda-feira (21), a promotora substituta Ivana Silva Moreira declarou que há suspeitas de que Santos comandaria um “esquema de diárias” em que alguns agentes recebiam mais do que outros. O montante irregular, conforme as acusações, seria dividido em uma espécie de rachadinha.

 

Já o caso de Iranildes Amado se refere a uma suposta fraude na apresentação de atestados, o que teria permitido a ela quase um ano de afastamento das funções, recebendo remuneração integral, o que incluiu benefícios e gratificações, gerando enriquecimento ilícito. O fato seria de conhecimento do Gerente da Guarda Municipal de Lauro de Freitas.

 

A promotora informou que o afastamento dos dois servidores serve também para garantir que a apuração transcorra sem suspeitas, uma vez que caso continuem nos cargos podem “dificultar a realização de provas, como a coação das testemunhas, principalmente os servidores públicos, que poderão se calar ou mentir por medo de represálias”.


Fonte: bahianoticias.com.br

Jovem de 14 anos morre afogado ao nadar com amigos em represa

 

Guaratinga: Jovem de 14 anos morre afogado ao nadar com amigos em represa
Foto: Reprodução/Furo31

Um adolescente identificado como Gustavo Airam Andrade de Oliveira, de 14 anos, morreu afogado em uma represa na cidade de Guaratinga, nesta segunda-feira (21). Segundo o Radar 64, o jovem estava nadando com os amigos quando desapareceu.

 

Os colegas disseram à polícia que só deram falta de Gustavo 10 minutos após ele afundar. Depois que perceberam que o jovem havia desaparecido, os jovens pediram ajuda a um morador da localidade, que entrou no reservatório e conseguiu puxar a vítima de uma profundidade de cerca de três metros.

 

O corpo do adolescente passou por exame necroscópico no Instituto Médico Legal, em Eunápolis. Um inquérito vai ser aberto para apurar o caso.


Fonte: bahianoticias

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Rose mulher nativa Moradora de Lauro de Freitas é Pré-candidata a Dep: Estadual

 


Filiada ao PSC Bahia, sou pré-candidata á deputada estadual. Tendo em mente que tudo é possível ao que crê, buscarei a renovação da política brasileira. Defenderei os direitos das mulheres, trabalhando em prol da justiça.

Rose mulher nativa, é de uma família tradicional dentro de portão em Lauro de Freitas, ambos a mãe dela nasceu aqui e avó, a vó dela era muito conhecida como dona roxinha, filha de Raimunda costureira, ambas todas nativas de Lauro de Freita, Rose mulher nativa, é linde do projeto social mulheres nativas de Lauro de Freitas
#MulheresNativasDeLauroDeFreitas

domingo, 20 de fevereiro de 2022

BOMBA: Vaza suposto áudio de secretário de Moema ensinando como fazer para conseguir eleição de vereador

 

A vereadora Débora Regis (PL) conta que vai protocolar um requerimento na Câmara para apurar a situação.

Um áudio atribuído ao secretário de Moema Gramacho da Políticas Afirmativas de Lauro de Freitas, Clovis Santos Silva (PL), conhecido como Coca Preto, vem gerando polêmica nas redes sociais. No áudio em questão ele estaria comentando sobre um esquema de nomeações para cargos públicos na tentativa de obter sucesso nas eleições para vereador.

O secretário ainda cita figuras públicas que teriam conseguido inserir apoiadores no governo, uma grande quantidade de pessoas que, segundo dito no áudio, não produzem.

A vereadora Débora Regis (PL) se pronunciou, dizendo que pretende convidar o secretário para ir à Câmara Municipal para prestar esclarecimentos sobre o assunto.
“O áudio do Secretário de Políticas Afirmativas – Coca Preto- que circula nas redes sociais é um atentado a legalidade e moralidade pública e só demostram o quanto há de corrupção em nossa cidade”, ela disse.

“Enquanto legisladora protocolarei na Câmara Municipal um requerimento convocando e solicitando que se abra uma investigação sobre o caso e aguardo que a gestão e o secretário venham a público esclarecer os fatos”, Débora concluiu.

Tocador de áudio

O Bahia No Ar tentou contato com o secretário de Políticas Afirmativas, mas não obteve sucesso.

Fonte: deolhonews.com.br