terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Infectologista explica cuidados para pessoas com HIV se prevenirem do coronavírus


O mundo está em alerta com o avanço do novo coronavírus, que surgiu em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China. A epidemia atual foi batizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Covid-19. O infectologista do Hospital Emílio Ribas, hoje secretário de Saúde de São Paulo, Dr. Jean Gorinchteyn, explica que “é importante lembrar que não temos o coronavírus circulando no nosso meio. O único caso que temos no Brasil se encontra em isolamento. Mas nós temos outros vírus respiratórios que estão circulando, por exemplo, os vírus do resfriado, o adenovírus, o rinovírus e inclusive os vírus da gripe e esse sim tem uma prevalência alta no nosso meio.”

Sobre o uso de máscaras, mesmo com confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, a OMS assegura que não há necessidade de se fazer uso indiscriminado de máscaras médicas. Porém, o órgão adverte que a população deve fazer a higiene correta das mãos para evitar contaminações em geral—como gripes comuns, por exemplo.

Segundo a OMS, pessoas que não apresentam sintomas da doença ou que não tiveram contato com infectados só devem usar máscara se forem atender alguém com suspeita de contaminação pelo coronavírus. Quem esteve com pacientes suspeitos e apresentar sintomas como tosses e espirros deve utilizar as máscaras para evitar a propagação. Em situações como essa, é necessário procurar um serviço de saúde.

A OMS também adverte que o uso das máscaras somente é eficaz se combinado com medidas de higiene, como a lavagem frequente das mãos com água e sabão ou a desinfecção com álcool gel. Também é necessário aprender como colocar e descartar os equipamentos.

Cuidados

Dr. Jean explica que o cuidado para pessoas com HIV deve ser o mesmo para aqueles que não vivem com o vírus. “As pessoas devem estar alertas na utilização de transportes públicos, manter ambientes arejados e ventilados, evitar aglomerações. Mesmo nessa época que temos temperaturas mais altas, mas com a chuva e com quedas eventuais na temperatura, as janelas acabam ficando fechadas e isso passa a ser uma forma de transmissão dos vírus de forma geral.”

“É importante que as pessoas lavem as mãos com água e sabão mas, na sua impossibilidade, caso estejam no transporte público ou em um evento social, por exemplo, onde não consiga lavar as mãos com frequência, procure utilizar o álcool em gel, passe entre os dedos. Ademais, quando for lavar as mãos, não só lavar entre os dedos, mas também escovar as unhas com uma buchinha, tirando um eventual resíduo que possa estar presente”, acrescenta.

Para os casos de gripe comum, Dr. Jean ainda ressalta que deve ser antecipada a campanha de vacinação este ano e que “pessoas com CD4 baixo, que fazem uso de corticoide ou até mesmo em quimioterapia também podem e devem fazer o uso da vacina”, disse ao explicar que o coronavírus ainda não tem vacina e, por isso, “caso a pessoa tenha uma viagem programada para locais que tenham circulação do vírus é importante que ela reavalie a viagem. Se não for possível, que tome as medidas de cuidados apresentadas.”

Como é transmitido?

Os cientistas ainda estão tentando entender quão facilmente ele é passado para outras pessoas. Uma análise de uma família infectada publicada na revista médica Lancet sugere que o vírus passou de uma pessoa doente para outras seis; só duas delas tiveram contato com o doente inicial.

Segundo a OMS, a fonte primária do surto tem origem animal, e as autoridades de Wuhan disseram que o epicentro da epidemia era um mercado de peixes e animais vivos.

Como usar as máscaras

Antes de colocar a máscara, é fundamental que se higienize corretamente as mãos com água e sabão ou álcool gel

Cubra a boca e o nariz, certificando-se de que não há espaços entre o rosto e a máscara

Evite tocar a máscara enquanto a usa. Se isso acontecer, lave as mãos com água e sabão ou utilize álcool gel

Quando a máscara estiver úmida, troque-a

Nunca reutilize a máscara.

Como retirar

Tire a máscara por trás (não toque na parte da frente)

Descarte a máscara em um recipiente fechado

Após a retirada, lave as mãos com água e sabão ou faça a higienização com álcool gel

Existe Tratamento?

Não há um medicamento específico para a infecção. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos, segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia.


Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.

domingo, 27 de dezembro de 2020

Morre o radialista Renan Rocha, aos 57 anos

O rádio esportivo está de luto. Faleceu na noite de sábado (26) o radialista Renan Rocha, de 57 anos, conhecido nas transmissões esportivas como o “Explosivo”, alcunha que destoava do seu temperamento sereno. Ele travava uma batalha contra um tumor no cérebro. A causa do óbito foi falência múltipla dos órgãos.null


Renan nasceu em Santo Antônio de Jesus e lá atuou na Rádio Clube. Em Salvador, ele passou pela Rádio Sociedade, Rádio Vida e por último a Rádio Excelsior, onde comandava a equipe “Os Feras da Bola”.


Polivalente, Renan atuou como repórter, narrador, apresentador e operador de áudio. Ele cobriu in loco a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, entre outras competições como Copa América, Copa Sul-Americana, entre outros.null


Para homenagear o radialista, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) anunciou que haverá um minuto de silêncio na partida entre Bahia e Internacional, neste domingo (27), às 16h, na Arena Fonte Nova.



NOTA DE FALECIMENTO DO LÍDER COMUNITÁRIO

Como representante da comunidade do Chafariz, acabei de receber uma triste noticia do falecimento dessa grande liderança na comunidade da Lagoa dos Patos conhecido como “BORNAI”, referência para qualquer líder de comunidade (Comunitário). A minha infância foi ouvido pessoas falando bem dos seus trabalhos na comunidade e a sua contribuição, meus sentimentos aos amigos e familiares que Deus e o Espírito Santo console a todos da família e amigos, com certeza deixou um grande legado descanse em paz!!!!!

 Jackson Sousa- Líderança da comunidade do Chafariz

sábado, 26 de dezembro de 2020

Vereadora de Várzea da Roça eleita mais Jovem do Brasil Realiza ação solidária



Nesta Quinta-feira 24 de dezembro, véspera de Natal aconteceu as doações de arrecadações Da campanha “Buscando sorrisos”, idealizada pela Vereadora eleita Talyta Tindade De Oliveira mais conhecida como Talyta de Si de Neca, hoje sendo a vereadora mais jovem do Brasil, eleita no pleito eleitoral de 15 de novembro.

Talyta contou com a ajuda de boa parte da população, a banda Os Brotheres , Juciane Pacheco e seu pai, Si de Neca. Ao juntar todas as doações, foram organizadas mais de 60 cestas alimentícias e mais de 30 cestas contendo roupas e sapatos.

Mesmo com pouca idade, Talyta mostrou para a população que seu desejo é estar ao lado de quem mais precisa. “Eu sozinha poderia fazer muito, mas unidos fizemos mais. A vereadora que tomará posse no próximo dia 01 de janeiro questionou “e se mais vereadores tivessem feito doações? Quantas pessoas seriam beneficiadas?”  O importante é que no meio de tantos, a mais nova se destacou.

Talyta Tridade destacou que é importante a realização de ações como essa diante das dificuldades em que muitas pessoas enfrentam no dia a dia e com o apoio de amigos da comunidade pode fazer com que o natal de algumas pessoas fosse um pouco melhor.A futura parlamentar lembrou ainda que esse ano tem sido bem mais difícil por conta da pandemia, o que é mais uma razão para que as pessoas possam fazer boas ações e ajudar o próximo.

A jovem foi eleita em Várzea da Roça-BA, com 610 votos pelo partido dos trabalhadores (PT). Segunda posição no ranking dos mais bem votados. Em 2021, ela assumirá uma vaga na Câmara Municipal de Vereadores da cidade.A comunidade viu com bons olhos a atitude da jovem e várias pessoas fizeram questão de parabenizar Talyta que acredita que através da política é possível melhorar a vida das pessoas.

Que a felicidade e esperança de um novo ano nos encha de amor”, finalizou a vereadora.


sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Três pessoas são assassinadas dentro de barbearia em Feira de Santana

Por volta das 13h desta quinta-feira (24), três pessoas foram assassinadas a tiros dentro de uma barbearia, na Rua Tupinambá, bairro Mangabeira em Feira de Santana. Uma das vítimas foi identificada como Jonathan Silva de Oliveira, de 17 anos, que era o dono da barbearia e as outras foram duas mulheres, uma delas identificada como Daniele. Elas estavam sem documentos.

A delegada Danielle Matias efetuou o levantamento cadavérico e disse que até o momento a polícia não tem muitas informações sobre os crimes. Muitas pessoas estavam no local e de acordo com ela, testemunhas ficam com receio de falar, até por medo dos assassinos estarem observando.

Ela informou que a polícia encontrou os corpos amontoados em um canto da barbearia, provavelmente o único local que as vítimas conseguiram correr, mas não tinha saída. Ela comentou que a arma utilizada nos crimes possivelmente foi uma pistola calibre 380 e o alvo principal pode ter sido o dono da barbearia, devido a grande quantidade de tiros que ele foi alvejado.

“O alvo possivelmente era o proprietário que tinha muitos disparos, inclusive na cabeça. Não foi chegada ainda nenhuma informação quanto aos autores e vamos conversar com as testemunhas na delegacia, pois no local é difícil. Também vamos verificar se há câmeras de monitoramento próximas ao local”, disse.

Fonte: Acorda Cidade





quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Mulher é morta a tiros em via pública em Feira de Santana

Soraia Trindade dos Santos, de 28 anos, foi assassinada com cerca de cinco tiros por volta das 14h desta quarta-feira (16), na Rua Jorge Amado (transversal com a Avenida João Durval Carneiro), localidade conhecida como ‘Invasão’, no bairro Ponto Central em Feira de Santana.

A vítima morava na mesma rua em que foi assassinada e os tiros deflagrados por um homem que estava a pé, atingiram as costas e principalmente o rosto.

O delegado Rodolfo Faro, titular da Delegacia de Homicídios disse ao Acorda Cidade que a polícia vai checar a vida pregressa da vítima e tentar localizar câmeras de monitoramento de segurança próximas ao local do crime, para chegar ao autor do crime.

“O autor do crime estava a pé, abandonou as sandálias no local e a gente já tem a descrição física do mesmo. Vamos trabalhar para levantar essa identificação, através de imagens nas imediações do local do crime”, afirmou.

Ainda segundo o delegado, a família de Soraia não quis informar nada, mas nas próximas horas a polícia vai conversar com algum familiar para identificar a motivação do crime, já que não há informes de que ela tenha envolvimento com qualquer atividade criminosa.

Soraia estava acompanhada do filho quando foi morta. No local do crime há o registro recente de outros seis homicídios, desde que a localidade foi invadida e o delegado frisou que estes crimes, a maioria tem relação com o tráfico de drogas.



terça-feira, 15 de dezembro de 2020

9 mitos e uma verdade sobre quem vive e convive com o vírus HIV

Quando os primeiros casos da Aids surgiram, no início dos anos 1980, ninguém sabia exatamente do que se tratava. Como a maioria das vítimas era de homens homossexuais, a “doença misteriosa” rapidamente ficou conhecida como a “peste gay”.

Depois, quando perceberam que não eram só gays que adoeciam, passaram a colocar a culpa também nos haitianos, hemofílicos e usuários de drogas. Mas não demorou muito para que as pessoas percebessem, enfim, que o local de origem ou a orientação sexual não eram “pré-requisitos” para contrair o vírus. Hoje, 35 anos após o começo da epidemia, sabe-se que o HIV pode atingir a todos e todas, sem distinção de gênero, classe, raça, origem ou orientação sexual.

Apesar disso, muitos pré-conceitos ainda resistem sobre as pessoas que vivem com o vírus. Mesmo hoje, superado o pior momento da epidemia e com avanços na medicina que permitem ao soropositivo viver bem e com saúde, diversos equívocos que sobreviveram ao tempo ainda fazem com que os portadores do HIV não consigam falar sobre isso abertamente, com medo de não conseguirem emprego ou dos amigos e familiares se afastarem. Por isso, veja a seguir quais são esses preconceitos:

Quem tem HIV é “aidético”.


O termo “aidético” já caiu em desuso há algum tempo. No entanto, ele ainda é muito usado de forma pejorativa. Além disso, ele também dá a entender que HIV e Aids são a mesma coisa, e não são. HIV é o vírus e Aids, a doença. Só tem Aids as pessoas soropositivas que desenvolvem os sintomas de HIV, que incluem deficiências imunológicas, já que o vírus começa a destruir as células de defesa, deixando o corpo vulnerável a todo tipo de doença. Quem tem HIV – o chamado soropositivo ou HIV-positivo – não necessariamente desenvolverá Aids, desde que siga corretamente o tratamento. Hoje, ele é feito com medicamentos antirretrovirais, que inibem a ação do HIV no organismo e impedem que ele ataque o sistema imunológico. Esse estágio da infecção, que costuma demorar de dois a dez anos após a exposição ao HIV sem tratamento, é conhecido como Aids, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.


 Portanto, quem é soropositivo não tem a aparência magra, doente e com manchas no corpo. Essa é a imagem que se tem da Aids. Hoje, com as opções de tratamento existentes, é muito difícil encontrar alguém que tenha HIV com essas características.


Isso também não é verdade. Poucos sabem, mas é muito mais difícil ser infectado pelo HIV com um soropositivo do que com uma pessoa que desconhece sua sorologia. Isso porque, graças ao tratamento, a carga viral de muitas pessoas que vivem com o vírus está indetectável, ou seja, com menos de 40 cópias de vírus por mililitro de sangue. Isso é insuficiente para que haja a transmissão.

Estudos internacionais já mostraram que um soropositivo em tratamento e há seis meses com a carga viral suprimida tem 98% menos chances de transmitir o vírus durante o ato sexual. Essa, que foi eleita a descoberta científica do ano em 2011 pela revista Science, é também um dos mais importantes passos contra a discriminação de soropositivos e um salto na qualidade de vida de quem vive com HIV.

Soropositivos tendem a ficar mais vezes afastados do trabalho.







Na cidade de Salvador pessoas com HIV perderam a fonte de renda ou foram demitidos em função de sua sorologia

A análise em profundidade da cidade de Salvador, Bahia do Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV e Aids apontou como o preconceito e a discriminação afetam diretamente a vida das pessoas. Na capital baiana, nada menos que 27,2% das pessoas vivendo com HIV e aids entrevistadas declararam terem perdido a fonte de renda ou o emprego por ser soropositivo para o HIV nos últimos 12 meses. Outras 20,8% das pessoas entrevistadas revelaram já terem sofrido assédios verbais e agressões físicas (6,8%) por viverem com HIV/aids.


O estigma e o preconceito se revelam também no ambiente e no convívio social. As pessoas entrevistadas relataram que a forma de discriminação mais experienciada foi saber de outras pessoas que não são membros da família fazendo comentários discriminatórios ou fofocando porque se é soropositiva(o) para o HIV (53,0%). Essa forma de discriminação também aconteceu entre membros da família (50,2%).


A revelação da sorologia sem o consentimento das pessoas – um crime previsto em lei – também foi elatada pelas pessoas entrevistadas. Entre os principais responsáveis pelas principais ocorrências desta violação estiveram os vizinhos (29,6%), colegas de escola (11,1%) e amigas(os) (10,9%), apontando como o bairro e o ambiente escolar podem ser constrangedores para pessoas soropositivas.


Em Salvador, 82,9% das entrevistas apontaram dificuldades das pessoas em revelarem que vivem com HIV e aids. A atitude predominante entre os/as entrevistados/as foi esconder a condição (75,5%). O estigma e o preconceito fazem muitas das pessoas vivendo com HIV e aids em Salvador sentirem vergonha (41%) e culpa (40,8%) por serem soropositivas. E também prejudicou o início do atendimento de saúde dessas pessoas, já que 54,4% relataram terem adiado o início do tratamento por terem medo que pessoas que não fossem familiares soubessem do diagnóstico; enquanto 43,7% disseram que não estavam preparadas para o fato de serem soropositivas para o HIV.


O preconceito também se reflete em relação às pessoas responsáveis pelo atendimento nos serviços saúde. As pessoas entrevistadas pelo Índice de Estigma em Salvador-BA relataram que profissionais de saúde evitaram contato físico ou tomaram precauções por causa da sorologia positiva para o HIV (9,6%); fizeram comentários negativos ou fofocas sobre a pessoa (8,4%); e revelaram para outras pessoas sem o consentimento a sorologia positiva para o HIV (9,6%). Essas experiências podem estar entre os fatores que fazem as pessoas vivendo com HIV e aids entrevistadas em Salvador-BA acreditarem que seus prontuários médicos não são confidenciais. Nada menos que 42,6% dos entrevistados/as disseram não saber se os prontuários são confidenciais, enquanto 19% acreditam que os prontuários não são mantidos em sigilo.


“Estamos entrando na quarta década e não considero que tenhamos avançado em relação ao estigma e ao preconceito em relação às pessoas vivendo com HIV e aids. Diante das pesquisas científicas e de tudo o que já se avançou em relação à prevenção e ao tratamento, é injustificável que exista ainda um estigma tão forte em relação ao HIV e à aids, que faz com que as pessoas reduzam sua vida social e reduzam sua existência por medo de serem discriminadas e excluídas”, considera Jô Meneses, coordenadora de Programas Institucionais da Gestos.


As violações de direitos seguem também para a questão da saúde sexual e reprodutiva das pessoas vivendo com HIV e Aids. Entre as entrevistas apareceram “recomendações” do atendimento de saúde para que as pessoas não engravidassem ou se tornassem pai/mãe (3,2%); além da pressão para serem esterilizados/as (1,6%); e condicionamento do tratamento para HIV/aids à necessidade de adotar métodos contraceptivos (2,2%).


“Caminhamos para a quarta década de epidemia de HIV e aids e infelizmente ainda vemos dados como estes. Ainda hoje profissionais de saúde orientam a interrupção da gravidez e incentivam a esterilização das pessoas vivendo com HIV e aids – uma violência à saúde sexual e reprodutiva das mulheres”, analisou Gladys Almeida, do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids da Bahia (GAPA-BA).


“Acreditamos que esses dados podem aclarar ainda mais o caminho de luta pelos direitos das pessoas vivendo com HIV contra todo o tipo de discriminação e estigma. Que as pessoas que vivem com HIV e aids tenham suas vozes ouvidas”, afirmou Claudia Velasquez, diretora e representante do Unaids.


O Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV e Aids no Brasil é promovida pelas Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids (RNP+); Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP); Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV e Aids (RNAJVHA); Rede Nacional de Mulheres Travestis e Transexuais e Homens Trans vivendo e convivendo com HIV/Aids (RNTTHP). A pesquisa foi apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o HIV e a Aids (Unaids), pela Gestos — Soropositividade, Comunicação e Gênero, e pela PUC do Rio Grande do Sul (PUC-RS), e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Foi realizada em sete capitais: Manaus-AM; São Paulo-SP; Recife-PE; Rio de Janeiro-RJ; Brasília-DF; Salvador-BA; e Porto Alegre-RS.


Fonte: Unaids

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Deputado de extrema-direita renuncia após ser pego em orgia Gay

József Szájer, casado desde 83 com uma juíza, é fundador do partido do primeiro-ministro Viktor Orbán, um dos principais aliados de Bolsonaro na União Europeia

O eurodeputado de extrema-direita, József Szájer, que fazia parte do Fidesz, partido do Primeiro-Ministro da Hungria, Viktor Orbán, foi pego pela polícia belga na última sexta-feira (27) em uma orgia no centro de Bruxelas em que participaram 25 homens, entre os quais ele e vários diplomatas.

A polícia agiu por considerar que o evento violava a quarentena imposta em função da pandemia do Coronavírus.

Por conta do escândalo, Szájer renunciou ao cargo e à atividade política. Ele confirmou em nota a renúncia, na qual também acrescenta que não usava drogas. Szájer é casado desde 1983 com a juíza húngara, Tünde Handó, com quem tem uma filha.

József Szájer, eurodeputado desde 2004, é um dos fundadores do Fidesz e um dos maiores defensores da política de Orbán. O partido é considerado homofóbico e propôs, recentemente, uma reforma da Constituição para proibir a possibilidade de modificação legal do sexo atribuído no nascimento.

O político tentou fugir e depois disse aos agentes que tinha imunidade parlamentar, conforme divulgado em vários meios de comunicação. A princípio, sua identidade não foi revelada, mas sua repentina renúncia disparou todos os alarmes.

Viktor Orbán é considerado pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) como um dos seus principais aliados na União Europeia.


FORTE: eudeal.com

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Número de casos notificados de HIV no Brasil cai pela primeira vez em uma década.

Foto: Diorgenes Pandini / Diario Catarinense

O Brasil registrou no ano passado a primeira redução no número de casos notificados de HIV em uma década, segundo dados do Ministério da Saúde. Atualmente, 920 mil pessoas infectadas pelo vírus vivem no país.

Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na manhã desta terça-feira (1) em um evento que marcou também o lançamento da campanha de prevenção contra HIV/Aids.

A quantidade de casos notificados por ano de HIV vinha crescendo anualmente desde 2009. No ano passado, foram notificados 41.919 novos caso de infecção pelo vírus, contra 45.078 no período anterior, o que significa uma redução de 7%.

“Verificamos que o pico, talvez o maior número de HIV notificado no Brasil, foi nos anos 2017 e 2018, e tivemos uma pequena redução no ano de 2019”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros.

O índice de mortalidade também segue uma linha decrescente, atingindo os menores níveis da década, segundo a pasta. Em 2009, o índice de mortalidade por Aids era de 5,8 por 100 mil habitantes; no ano passado, era de 4,1.

“Essa redução se deu muito claramente pela testagem precoce e pela disponibilidade e a oferta contínua [de medicamentos] para todos os pacientes diagnosticados”, disse Medeiros.

Em relação ao total de infectados pelo HIV no Brasil (920 mil), o Ministério da Saúde disse que 89% das pessoas com o vírus receberam o diagnóstico e que há um grupo de cerca de 100 mil pessoas que ainda não sabe que tem o HIV.

Por isso, o tema da campanha deste ano é “previna-se, faça o teste; se der positivo, comece o tratamento”, disse Medeiros.

A maior concentração de casos de Aids (492,8 mil ) está entre os jovens, de 25 a 39 anos, de ambos os sexos. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% dos casos do sexo masculino e a 48,4% do total de mulheres.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, em dez anos cresceu o diagnóstico de HIV entre gestantes. O ministério atribuiu o aumento, em parte, à ampliação do diagnóstico no pré-natal e à melhoria da vigilância na prevenção da transmissão vertical do HIV, de mãe para filhos, durante o parto ou a amamentação.

Segundo a pasta, houve queda na taxa de transmissão vertical do HIV no Brasil. De 2015 a 2019, a detecção de Aids em menores de cinco anos caiu 22%, de 2,4 casos por 100 mil habitantes para 1,9. A taxa de detecção de Aids em menores de cinco anos tem sido utilizada como indicador pelo governo para monitorar a transmissão vertical do HIV. 

FORTE:Jnbahia.com



terça-feira, 1 de dezembro de 2020

SAÚDE AÇÕES DE CONCIENTIZAÇÃO ABREM O MÊS DE COMBATE AO HIV EM LAURO DE FREITAS.

Com o tema “A melhor forma de combater o preconceito com quem vive com HIV é o amor”, o Dezembro Vermelho foi iniciado em Lauro de Freitas nesta terça-feira (1º), Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, com a exposição de painéis na Praça Martiniano Maia. A campanha traz o alerta para as formas de contaminação, diagnóstico e tratamentos da patologia, que este ano registrou 124 novos casos no município dos quais 89 são homens e 35 mulheres. A doença ainda não tem cura.

De acordo com o coordenador do Programa Municipal IST/HIV/AIDS e Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), Franklin Silva, entre as estratégias da campanha estão a intensificação de ações educativas e de prevenção nesse período. “Serão distribuídos insumos de prevenção, preservativos femininos e masculinos, e testes rápidos para o diagnóstico de HIV, sífilis e hepatite B e C em locais de fluxo intenso como praias, praças, bares, restaurantes e no presídio”, contou. 

Atualmente mais de oito mil pessoas são acompanhadas pelo Centro de Testagem e Aconselhamento e Serviço de Atendimento Especializado (CTA/SAE), localizado na Avenida Bispo Renato Cunha, no Centro da cidade. O equipamento oferta atendimento médico, psicológico e social, e realiza testagens rápidas, dispensação de medicamentos e insumos de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.  

“Itinga segue com o maior número de infectados por HIV, seguido de Centro e Vida Nova. Além do CTA, os pacientes podem realizar o teste rápido para HIV em uma das 16 Unidades de Saúde da Família (USF) de segunda a sexta-feira das 8h às 16h”, informa a secretaria de saúde Maria Isabel Andrade. 

Políticas de prevenção ao HIV

De janeiro a outubro deste ano, o município distribuiu 171.620 mil preservativos masculinos e 7.524 mil preservativos femininos. Em Lauro de Freitas, a rede municipal de saúde disponibiliza a estratégia de prevenção Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (Prep) no CTA. A PreP que consiste na tomada diária de um comprimido que impede que o vírus causador da aids infecte o organismo, antes da pessoa ter contato com o vírus. Já a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) ao HIV é disponibilizada na Unidade de Ponto Atendimento em Itinga (UPA). “O individuo toma uma medicação antirretroviral em até 72 horas após exposição com risco de contato com o HIV”, pontua Franklin. 

A PEP é indicada em casos tais como violência sexual, relação sexual desprotegida (sem uso de preservativo ou com rompimento do preservativo), acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).

Foto: Lucas Lins

Autoteste é privacidade e segurança

Desde o segundo semestre deste ano, Lauro de Freitas passou a oferecer autotestes para a detecção do HIV nos postos de saúde e no CTA. O exame é seguro, gratuito e pode ser realizado no local em que o paciente preferir, com apenas uma pequena amostra de sangue da ponta do dedo, com a lanceta estéril fornecida na caixa. O resultado é dado em até 20 minutos. 

Quando for negativo, apenas uma linha colorida aparecerá na janela do dispositivo. Em caso positivo, duas linhas coloridas serão mostradas. “Os interessados se dirigem até um destes equipamentos e solicitam o autoteste, caso o resultado seja positivo o paciente é orientado a retornar a unidade para iniciar o acompanhamento médico”, explica Franklin.


Forte: www.laurodefreitas.ba.gov.br