domingo, 16 de outubro de 2016

SE VIER TEM: Público e artistas falam sobre a influência do ‘pagodão’ no comportamento

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Foto: Reprodução | Internet
“Aí mulher, toma cuidado, ela quer roubar o seu marido/ Se ela roubar o seu marido, o que tu faz com ela? / Eu mato ela, eu mato ela/ Se ela roubar o meu marido/ ainda corto o cabelo dela/ Eu mato ela, eu mato ela”. gravada pelo Mc Lança, em 2013. A música ultrapassou o sudeste e chegou até ao nordeste brasileiro.
Na Bahia, o hit ganhou uma nova melodia, mas a letra permanece fiel. Cantada de forma animada por cantores de pagode como: Robsão, Rick Raley, New Play, La Furia, Chiclete Ferreira e outros. O publico se envolve ao som da trilha sonora. Mas será que letras como essas tem influência no comportamento humano? A música pode incitar a violência? Para responder essas e outras perguntas o Aratu Online entrevistou cientistas, fãs e personalidades envolvidas com tema.
Durante um show de pagadão, que aconteceu em um bairro da periferia de Salvador, na última sexta-feira (9/10) era visível o (des) controle de alguns exaltados. Ao mesmo tempo era possível visualizar pessoas que estavam ali apenas para curtir a festa de forma tranquila, sem confusão e principalmente sem violência. Mas, a música era um condicionante para que a paz ‘‘reinasse’’ naquele local. As pessoas pareciam folhas fixadas em árvores que se balançavam conforme o vento, que neste caso seria a música.
Violência contra a mulher cifradas nas letras 
O show começou, a banda ‘New Play’ subiu ao palco e cantaram seus hits, “Dinheiro na mão calcinha no chão/ senta na minha e vai relaxando”. A música era cantada pelo publico presente, junto com os dançarinos coreografaram cada uma das canções. E o que era bom acabou logo, isto porque a banda pediu que uma das fãs fossem dançar no palco. Quando um homem carregou uma mulher – contra a vontade dela –  e a jogou no palanque. Irritada a mulher tentou descer. Mas ele insistia. O cantor pediu para que o homem parasse de aportunar a jovem.
O cantor Chiclete Ferreira – ex-vocalista da banda ‘Guettho é Guettho’ – relatou que as músicas cantadas por ele são para trazer alegria, “a intenção é levar o que é de bom para nosso publico, logico que existem o mal intencionado que aproveita do momento para brigar“. Todos os músicos presente no show, afirmaram que suas musicas são para trazer paz e harmonia e que um se inspira no outro para compor as letras. Já o publico ficou dividido, uns afirmaram que a música incentiva a violência, outros dizem que não.
No vídeo abaixo, cantores, público e especialistas da área de saúde, deram suas opiniões sobre o tema. Confira:
Segundo André de Jesus, que é o professor de filosofia da rede estadual de ensino, as músicas interferem no comportamento. “Os alunos – os quais eu leciono – possuem um rendimento de sala de aula muito baixo em relação aos outros. Isto porque eles tem um discurso de ódio, não se preocupam em estudar para ter uma vida melhor”
Ainda de acordo com o professor, esses alunos não respeitam uns aos outros, princialmente as meninas; “eles agridem de forma verbal e muitas das vezes eles usam a força física. É comum separarmos quando eles se agridem”.
Este vídeo é um flagrante entre duas alunas brigando na porta da escola. Assista:
A psicanalista Clarissa Lago, explicou que quando o autor que escreve uma musica ele tá falando de si e, outro reproduz porque se identifica com a historia. “É perigoso dizer que todas as musicas incentiva a violência. Quando a melodia chega no receptor, é aceita por ele, porque mexeu com suas questões pessoais”.
A psicanalista revelou que uma banda musical seleciona varias musicas para inserir em seu repertorio antes de subir no palco. Entre elas, as musicas muito agitada e outras nem tanto, porém é possível ver as alterações de comportamento das pessoas que estão na pista dançado, ” o inconsciente é muito mais esperto que o individuo”.
saiu: ww.aratuonline.com.br

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