domingo, 14 de fevereiro de 2016

PT define pré-candidaturas a doze prefeituras da Bahia

Reunião do diretório contou com lideranças de 35 cidades, deputados federais e estaduais - Foto: Décio Icó | Divulgação
Reunião do diretório contou com lideranças de 35 cidades, deputados federais e estaduais
Em reunião do diretório estadual realizada neste sábado, 13, no hotel Mercure, no Rio Vermelho, o PT definiu quem serão os pré-candidatos em 12 das 35 maiores cidades baianas. Três deles irão concorrer à reeleição: João Bosco, em Teixeira de Freitas; Jussara Márcia, em Dias D'Ávila; e Francisco de Assis, em Conceição do Coité.
Aparecem ainda nomes de ex-prefeitos das respectivas cidades, que voltam a concorrer ao posto, como os casos do deputado federal Luiz Caetano (Camaçari), Carlos Brasileiro (Senhor do Bonfim) e Geraldo Simões (Itabuna). Completam a lista de pré-candidatos já aprovados pelo diretório Zé Neto (Feira de Santana), Gika Lopes (Serrinha), Orlando Filho (Cruz das Almas), Amauri Teixeira (Jacobina) e Dalva Tisio (Itamaraju).
Em Lauro de Freitas e Alagoinhas, as conversas avançam para  confirmar as pré-candidaturas de Moema Gramacho e Joseildo Ramos, respectivamente. "Há uma tendência forte para que sejam eles", afirmou o presidente estadual do partido, Everaldo Anunciação.
Segundo ele, o número de pré-candidaturas do PT nas 35 maiores cidades da Bahia deve chegar a 18. A reunião do diretório estadual do partido contou com a participação de lideranças das 35 principais cidades da Bahia, além de deputados federais e estaduais.
Na reunião, os membros do partido discutiram a criação de um programa de governo participativo. Os temas que devem nortear os programas de governo devem levar em conta o maior controle de gastos e a eficiência pública, a democratização do acesso aos instrumentos de comunicação e informações, com destaque para a internet, além de aprofundar as políticas na área de saúde, educação, habitação e mobilidade urbana.
Indefinições
Uma das cidades em que o partido ainda não decidiu quem deverá sair candidato é Salvador. Três nomes têm pré-candidatura anunciada: o vereador Gilmar Santiago, o deputado federal Valmir Assunção e o ministro da Cultura, Juca Ferreira. O nome escolhido para disputa deve sair até abril.
O presidente estadual do partido não descarta abrir mão de candidaturas próprias para apoiar um nome da base aliada nas principais cidades. "Nas cidades em que houver candidaturas da oposição com musculatura, temos que ter unidade na base aliada para enfrentar. Nas cidades com dois turnos, temos o entendimento da  pulverização", completa Everaldo Anunciação.
Outra cidade que ainda não tem definição em relação ao candidato do PT é Vitória da Conquista, onde o atual prefeito Guilherme Menezes (PT) está no final do segundo mandato. Na cidade, cinco nomes do partido se colocam como possíveis candidatos no pleito,  para suceder o correligionário.
Para o deputado federal Afonso Florence (líder do PT na Câmara), a operação Lava Jato pode comprometer mais a imagem dos partidos da oposição nas eleições municipais. Disse, ainda, que o partido buscará ampliar o número de prefeituras no estado (hoje são 81), mas que haverá conversas com os partidos aliados. Everaldo Anunciação acredita que a Lava Jato e a crise econômica poderão ser utilizadas pela oposição contra a legenda.
Líder do PT na Assembleia Legislativa, o deputado Rosemberg Pinto, também presente à reunião, disse que, nas eleições municipais, o partido deve se apresentar de forma unida dentro da concepção do projeto que elegeu o governador Rui Costa em 2014. "O PT tem pretensão de disputar eleições nos 417 municípios, mas isso tem que ter regramento, deve ser acordado com os partidos da base que elegeu Rui Costa", avalia.

Partido usará eleição para fazer defesa do legado

Na discussão sobre a conjuntura política, realizada no encontro de ontem, o PT avaliou que a eleição deve ser um espaço priorizado  pelo partido, que tem alguns de seus principais quadros envolvidos no mensalão e na Lava Jato, para fazer a defesa do  legado de realizações dos governos petistas.
Essa defesa, segundo o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, passa pela unidade do partido e faz parte da estratégia para alcançar  bons resultados na urnas, em outubro. Também vai ao encontro do apelo que o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, fez à militância e a parlamentares, esta semana.
Em artigo publicado na segunda-feira, 8, no site do PT, Rui Falcão saiu em defesa do  ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acusou a oposição e setores “capturados pela direita” de tentarem o “linchamento político e moral” do petista.
Lula está sendo alvo de investigação por ocultação de patrimônio e por receber favores de empreiteiras investigadas na Lava Jato, envolvendo um apartamento triplex na praia de Astúrias, no Guarujá, e um sítio em Atibaia, ambos em São Paulo.
“Há sim uma intensidade de ataques ao partido. Reconhecemos que vivemos um momento de dificuldades econômica e política, mas com sinalização de melhora no médio  prazo e, além disso, o impeachment da presidente começa a perder força”, diz Anunciação. “O momento eleitoral, portanto, vai nos permitir debater e contrapor a versão que a grande mídia tem passado para população”.
Consenso
Neste contexto de crise, o partido, segundo Anunciação,  vai enfatizar a importância da unidade nestas eleições, para se evitar disputas internas. Nos municípios em que o PT tiver mais de um nome, será definido consensualmente quem será o candidato. “Onde houver dois candidatos da base com potencial eleitoral, a disputa se dará de forma harmônica”, diz.
Patrícia França
SAIU: atarde.uol.com.br/

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