quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Clima tenso pode gerar rebelião em presídio de Lauro de Freitas


Familiares e amigos de internos do presidio de Lauro de Freitas, que é administrado por um grupo privado, Socializa, estão apreensivos com a possibilidade de uma nova rebelião. O motivo seria os maus tratos, a tortura praticada por agentes de segurança, a visita vexatória a qual as mulheres são submetidas durante as visitas e a limitação excessiva na entrada de produtos e utensílios que familiares levam para os presos.
Segundo familiares, biscoitos, bolos e até o pacaia não chegam aos presos. A irmã de um preso disse a nossa redação que levou um bolo para o irmão, mas o que chegou a ele foi uma farofa e que isso a revoltou muito. “Fiz com todo carinho e amor, é meu sangue que está dentro. É por isso que dá ódio” Afirmou.
Uma outra parente de preso denuncia que a limitação na entrada dos produtos é uma estratégia para inflacionar os preços das coisas que são vendidas no interior do presidio. “Eu levo o pacaia dele, mas não chega aí depois temos que nos virar pra consegui 50 reais pra ele comprar lá dentro. Isso é um absurdo”.
O complexo penal de Lauro de Freitas já foi palco de uma rebelião em 2011 e uma das reivindicações dos presos foi o fim da tortura e a revisão dos processos. Presos com pena vencidas ou ainda sem julgamento que se arrastavam por anos.
Encaminhamos as denuncias para a  Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização – SEAP, pedimos esclarecimentos sobre as mesmas, mas até o fechamento dessa matéria não obtivemos retorno.
saiu: www.jornalfolhapopular.net.br

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