Uma estudante de 15 anos, moradora de Lauro de Freitas, não conseguiu
fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo
(5). O motivo, segundo a jovem, foi o uso de uma bomba eletrônica de
insulina. O uso de qualquer dispositivo eletrônico durante a prova é
proibido.
A garota é portadora da Diabetes tipo 1 desde os 8 anos idade. Neste
ano, por orientação médica, ela passou a usar o aparelho que injeta e
regula a medicação em seu corpo.
A garota é portadora da Diabetes tipo 1 desde os 8 anos idade. Neste
ano, por orientação médica, ela passou a usar o aparelho que injeta e
regula a medicação em seu corpo.
A menina conta que chegou ao seu local de prova acompanhada da irmã, no
Colégio Perfil, em Vilas do Atlântico por volta das 11h. "Meu pai disse
que assim que eu chegasse no colégio para procurar a coordenação e
informar sobre o meu aparelho. Me levaram para uma sala isolada e
disseram que a bomba teria de ficar sobre a mesa", disse ao CORREIO.
Ainda de acordo com a estudante, minutos depois uma pessoa entrou na
sala e questionou se ela não poderia guardar o aparelho durante o exame.
"Ela me perguntou se eu tomava banho com a bombinha, e eu disse que
não. Perguntaram se eu não podia retirar para fazer a prova. Expliquei
que a prova era um tempo maior que um banho", lembra a garota, que só
pode ficar até 1 hora sem o aparelho.
Em seguida, a coordenação do exame informou a ela que não poderia fazer a
prova. "Ela disse que não havia espaço na prova para informar que uso
aquele aparelho. O máximo de tempo que posso ficar sem é de uma hora e
mesmo assim posso passar mal", disse a garota que voltou para casa
andando. "Nesse momento minha irmã está lá fazendo a prova achando que
eu também estou, só que em outra sala. Meu celular ficou com ela. Não
tive nem como avisar", lembra.
A estudante está no 1º ano do Ensino Médio e iria fazer a prova para
testar o exame. "Minha mãe pediu para eu fazer para ir testando pois
costumo ficar muito nervosa durante provas", explicou. "Estou me
sentindo horrível. Não pude fazer a prova por conta de um aparelho que
eu necessito para viver. Também fiquei constrangida, pois ficaram
questionando porque eu não tirava", lamentou.
Ela fez a inscrição no exame com a ajuda da irmã. Elas fariam a prova na
mesma sala. "Ela disse que não viu nenhum campo que pudesse colocar que
eu usaria de bomba infusão de insulina", disse a mãe da garota. "Nunca
imaginei que uma bombinha era necessidade especial", concluiu a menina.
Além de portadores de deficiência física e intelectual, o Inep também
oferece atendimento especial para gestantes, lactantes, idosos, pessoa
com baixa visão, surdez, além de condições específicas como uso de
bombinhas para portadores de asma. O uso deve ser informado no ato de
inscrição da prova. O CORREIO aguarda posicionamento do Inep.
saiu: correio / agoraemlauro.com
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