domingo, 17 de janeiro de 2016

As eleições em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS)

As eleições em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), começam a se desenhar e alguns nomes já adentraram as rodas de bate-papo políticos dos eleitores laurofreitenses. Com cerca de 200 mil habitantes – 155 mil eleitores, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) –, o município é um dos mais importantes do estado, com arrecadação prevista para este ano de meio bilhão de reais.
Atualmente, a cidade é governada pelo prefeito Márcio Paiva (PP), eleito em 2012 com 53,2% dos votos. O gestor deve disputar a reeleição no pleito do ano que vem, mas, conforme informações obtidas pela reportagem, o pepista já teria traçado um plano B, já que seus índices qualitativos perante a população ameaçam carimbar o seu passaporte para mais quatro anos à frente da prefeitura. A carta na manga de Paiva seria a sua mulher, Adriana Paiva, que recentemente filiou-se ao PRB, partido braço direito da Igreja Universal do Reino de Deus.
De acordo com o advogado eleitoral Ademir Ismerim, contatado pela Tribuna, a lei que trata de inelegibilidades (Lei 64/90) permite a troca. “Se um prefeito estiver no primeiro mandato, ele renunciando seis meses antes, a mulher pode concorrer. Se ela ganhar, não poderá disputar a reeleição [quatro anos depois]”, explicou, ao lembrar do caso de Rosinha Matheus, mulher do então governador do Rio de Janeiro, Antonhy Garotinho, que renunciou ao cargo em 2002, assumindo a então vice-governadora Benedita da Silva. Rosinha venceu as eleições e assumiu o governo fluminense. Em Lauro de Freitas, caso Márcio Paiva renuncie em janeiro, quem assume o município é o seu vice Bebel Carvalho (PSL). Além de Paiva ou a sua mulher, outros três nomes despontam como possíveis candidaturas
. É o caso da deputada federal Moema Gramacho, que já governou o município por duas vezes consecutivas (2004-2005). Em 2012, a petista não conseguiu emplacar o seu sucessor, João Oliveira (PT), que obteve 46,2% dos votos, derrotado por Márcio Paiva. “Moema é o nome natural do partido. Não há nenhum ruído interno com relação a isso. Lá estamos no céu de brigadeiro. Mas, nesse momento, a pauta nossa é buscar o fortalecimento do partido. Isso nós vamos discutir lá na frente, depois de sentar com os aliados.
A própria Moema já me disse que não está na ordem do dia para se tomar uma decisão agora [se disputa ou não]”, afirmou o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação. Outro nome que aparece dentro do leque de partidos aliados ao governo Rui Costa é o do vereador Carlucho, do PSB. Em seu segundo mandato, o político já comandou a secretaria municipal de Educação no governo Moema Gramacho e tenta viabilizar sua postulação.
O PSB conta com três vereadores na Câmara Municipal, maior bancada da Casa. “Não descarto a possibilidade. Estamos sendo incentivados pelas lideranças estaduais, como a senadora Lídice, o deputado Bebeto. Estamos trabalhando para que isso aconteça, e o meu nome é o que está colocado na cidade”, disse à Tribuna, ao opinar que “não seria interessante” para Moema deixar o mandato de deputada para tentar disputar pela terceira vez o comando do município.
O quarto nome que surge entre os possíveis prefeituráveis nas eleições de Lauro de Freitas em 2016 é Chico Franco. Apesar de estar filiado ao PCdoB, partido que disputou as eleições em 2014 para deputado estadual, a sua candidatura conta com o patrocínio de dois líderes democratas baianos, o presidente do DEM na Bahia, José Carlos Aleluia, e o deputado federal Paulo Azi. Franco já estaria de malas prontas para ingressar no Democratas, com as bênçãos do prefeito ACM Neto (DEM), principal liderança do partido no estado. Os dois já se reuniram para acertar os próximos passos, e que já se reuniu com o político para discutir a sucessão. 

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