Lauro de Freitas é uma cidade com grandes índices de violação de direitos humanos. A violência letal nos coloca entre as 10 cidades mais violentas do país. A quantidade de jovens, assassinados é alarmante e supera a de países em guerra.
Contudo, o que mais me preocupa é a inércia do estado. A vida da juventude negra parece não está na agenda dos governos. O programa Juventude Viva é uma falácia, não conseguiu garantir nem a sua própria sobrevivência. A palavra “LUTO” parece ser decoração oficial nos muros dos prédios do MCMV e nas paredes das casas nas periferias. A polícia parece ser uma instituição acéfala, não tem comando, fazem o que bem entendem, matam, corrompem e se associam em milícias.
O crime organizado tem atraído cada vez mais jovens com seu grande poder de sedução. A sociedade assustada assiste de seus “presídios particulares” o fim de uma geração.
A nível municipal nenhuma novidade foi apresentada até agora. Temos uma secretaria de juventude, estrutura que poucas cidade tem, mas isso não tem surtido impactos no cotidiano dos jovens e adolescentes.
É preciso, no mínimo, dizer qual é a política que será implementada. O PGP (Programa de Governo Participativo), precisa ser materializado. Sediamos em 2007 o maior encontro de juventude negra da história desse país, o ENJUNE, onde mais de mil propostas foram encaminhadas. Não consigo entender qual a dificuldade para apresentar a política de juventude para nosso município.
Saiu: www.jornalfolhapopular.net.br
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