Povos
que cultuam religiões de matrizes africanas de Lauro de Freitas se
encontraram no auditório da Secretaria de Cultura (Secult), em Portão,
na última sexta-feira (22). Representantes religiosos e do poder público
municipal estiveram juntos durante um café da manhã e discutiram
políticas públicas para o segmento. O encontro foi organizado pela
Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro, com o apoio da Prefeitura
Municipal de Lauro de Freitas (PMLF), por meio da Superintendência da
Promoção a Igualdade Racial (Supir).Entre
as autoridades públicas estava à secretária de Educação, Adriana Paiva,
que destacou os trabalhos da gestão voltados ao povo de santo. “Quando a
gente pensa em comunidades de terreiros, pensamos nas questões
tradicionais. Enquanto governo temos que pensar em políticas públicas.
Durante esta gestão, reintegramos na Supir uma gerência para tratar os
povos e as comunidades de terreiro”, destacou a secretária.
A secretária ressaltou ainda que existem projetos para instituir a Casa
do Povo de Santo, a implantação da Casa do Hip-Hop, adesão ao plano
Juventude Viva, entre outras ações que se estendem a Secretaria de
Educação (Semed), com o Departamento de Ações Afirmativas, e a
Secretaria de Saúde (Sesa).
Um dos representantes dos povos de terreiro, Pai Waldemir, um dos
babalorixás mais conhecidos do município, do terreiro Santa Bárbara,
disse que o apoio da prefeitura é fundamental para as comunidades de
religiões de matrizes africanas. “Essa iniciativa é muito importante,
tanto para nós, quanto para a comunidade da cidade. A gestão pública
apoia nossos eventos e que continue assim. Tenho certeza que essa
parceria terá continuidade”, comentou.
Durante o evento, o público contou com serviços como segunda via de
certidão de nascimento, teste de DNA, além de orientação jurídica e
social. O superintendente da Supir, Cláudio Reis, destacou a importância
da garantia de direitos ao povo de terreiro. “Além da discussão com
esta comunidade é importante a garantia de direitos, a exemplo da
presença do Procon-Ba o que reforça esse evento que acontece há 10
anos”, explicou.
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