quinta-feira, 12 de abril de 2018

VIOLÊNCIA CRESCENTE CONTRA PESSOAS TRANS EM 2018



Casos extremos de violência física tem chegado ao nosso conhecimento, através de nossa rede de afiliadas.  O que tem nos deixado muito preocupadas, visto que, com o aumento do conservadorismo e a onda fascista que cresce no país, as populações mais vulneráveis são aquelas que já vinham tendo suas vidas colocadas em risco.
De acordo com o levantamento da ANTRA, já são 52 assassinatos de pessoas Trans no Brasil em 2018. Até 29/03, temos um aumento 45% (16 casos) no número de assassinatos em 2018, em relação ao mesmo período do ano passado. E com o aumento da violência brutal com que os assassinatos acontecem.

Os dados são detalhados no Mapa dos Assassinatos de Travestis e Transexuais no Brasil em 2018, confirmando o indice de que a cada 48h uma pessoa Trans é assassinada com requintes de crueldade no Brasil. O País que mais mata travestis e transexuais do mundo.
Campanha Mapa dos Assassinatos
Campanha ASSASSINATOS
É preocupante o momento que vivemos. A maior parte das vítimas da violência possui características semelhantes. Além do gênero feminino, a idade é um fator que merece destaque. Quanto mais jovem, mais suscetível a violência e ao assassinato.
 Os assassinatos acontecem preferencialmente contra travestis e transexuais negras ou pardas, profissionais do sexo e que estão vulnerabilizadas pela falta de acesso a serviços básicos como educação, trabalho e segurança.
85% dos casos os assassinatos foram apresentados com requintes de crueldade como uso excessivo de violência, grande quantidade de disparos, esquartejamentos, afogamentos e outras formas brutais de violência. O que denota o ódio crescente e sempre presente nos casos.
Estimamos que cerca de 80% dos suspeitos não tinham relação direta com as vitimas, visto que são clientes em potencial, o que dificulta a identificação dos suspeitos.
Por não existirem dados oficiais sobre a violência contra a população trans no Brasil, o levantamento anual é feito a partir de pesquisa em matérias de jornais e informações que circulam na internet, bem como de relatos que são enviados para a organização. A coleta é diária e manual. Ao longo desse trabalho, as informações são inseridas em um mapa virtual, que detalha nome, identidade de gênero da vítima, local da morte e o que mais estiver disponível.

Fonte: Mapa 2018
saiu: antrabrasil.org

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