sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Jornalistas denunciam abusos policiais

Sugestão do Conselho de Comunicação Social da Bahia, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, recebeu, nessa quinta-feira (28/8), integrantes das entidades representativas dos jornalistas baianos. Ao lado da secretária de Comunicação do Estado, Marlupe Caldas, Barbosa ouviu as principais queixas da categoria em relação à atuação policial. Ameaças a jornalistas ligados à cobertura do “caso Geovane”, jovem encontrado esquartejado e queimado, desaparecido após uma abordagem policial, foi o principal tema do encontro. A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) enviou ao governador Jaques Wagner documento em repúdio à intimidação dos profissionais, recebido pelo titular da SSP na tarde de ontem. “É preciso averiguar não apenas esse fato, mas tantas outras ameaças feitas de forma anônima e no dia a dia nas ruas”, afirmou a presidente do Sindicato dos Jornalistas, Marjorie Moura.  Ela assume que há esforços por parte do comando-geral da Polícia Militar para melhorar o relacionamento entre jornalistas e policiais, no entanto, relata a existência de Pms que, de forma intimidadora, tentam impedir o trabalho dos repórteres.Já o presidente da ABI, Walter Pinheiro, relembrou os casos de abusos policiais contra jornalistas denunciados durante as manifestações populares no período da Copa das Confederações. Ao lado de diretores da associação, Pinheiro também cobrou ações mais enérgicas da SSP em relação às más condutas policiais em relação aos profissionais de imprensa. Após ouvir os relatos dos representantes dos jornalistas, Barbosa divulgou algumas ações da pasta na preservação dos profissionais de comunicação e para a garantia da liberdade de imprensa. Também apontou as principais dificuldades encontradas para a aplicação de penalidades mais severas a policiais que dificultam a atuação dos jornalistas. “Para tomarmos medidas mais efetivas contra este tipo de conduta, é preciso que as vítimas formalizem as denúncias”, disse, ressaltando que depoimentos e a colaboração para busca de provas são indispensáveis ao remetimento de um inquérito policial coeso à Justiça. (Tribuna)

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