O problema da violência na Bahia foi discutido no primeiro bloco do debate da Band na noite desta quinta-feira (28). Participaram do debate Rui Costa (PT), Paulo Souto (DEM), Lídice da Mata (PSB), Marcos Mendes (PSOL) e Rogério da Luz (PRTB). A candidata Renata Mallet, do PSTU, não participou do debate porque sua coligação não tem representação parlamentar, como determinam as regras da emissora. Na abertura do debate, a mediadora, jornalista Carolina Rosa, leu uma breve apresentação de cada um dos candidatos. A primeira pergunta foi sobre a segurança pública na Bahia, citando os grandes números de assaltos a bancos e homicídios no estado, e querendo saber que propostas os candidatos apresentam para tentar resolver o problema. Marcos Mendes defendeu um modelo diferente ao atual "que é o repressivo". O candidato falou do direito do cidadão a educação, cultura e lazer, o que poderia evitar que os jovens enveredassem pelo crime. "Existe uma grande violência que o Estado faz com o cidadão (...) As políticas públicas têm que chegar (às pessoas)", defendeu. Mendes disse ainda que o PSOL busca descentralizar o poder do estado. "Hoje temos um grande adensamento dentro das grandes capitais e dos grandes centros urbanos", afirmou. Para Rui Costa, é preciso combater o tráfico de drogas "investindo fortemente na inteligência da Polícia Civil e da Polícia Militar". Ele falou ainda em reforçar o policiamento no interior do estado com grupamentos aéreos, que teriam mais facilidade em responder às ocorrências. A outra proposta de trabalho é na linha de ofertar políticas públicas, sociais e culturais. "Com certeza com essas duas ações, com esses dois caminhos, vamos obter o resultado que esperamos, uma sociedade fraterna", defende.
Lídice da Mata e Paulo Souto atacaram o governo do PT. Para ambos, houve uma quebra de diálogo entre governo e as polícias. "Pretendo iniciar esse diálogo, ouvir os policiais e fazer desse segmento fundamental para implantação de uma nova política de segurança", prometeu a ex-prefeita de Salvador. Souto foi veemente. "A verdade é que nós vivemos uma epidemia de violência na Bahia. Neste período de 7, 8 anos, vivemos um verdadeiro Holocausto, como 37 mil baianos sendo assassinados", atacou. "Faltou ao governo instrumentos para conter essa violência. (Vamos ter) ações de natureza preventiva relacionadas a educação, assistência social (...), mas é absolutamente necessário um sistema policial que combata o crime organizado", defendeu o candidato do DEM. Da Luz criticou os outros candidatos, que "já tiveram oportunidade e não fizeram". "Time do atraso e e time da propaganda e qualquer outro pejorativo que um atribua a outro, a verdade é uma só, eles são mais do mesmo", afirmou. "Pretendemos valorizar o policial, valorizar a segurança publica. Como? Cortando os cargos de indicação política", defendeu, citando que os candidatos que aparecem na frente nas pesquisas têm alianças com muitos partidos.
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