domingo, 9 de abril de 2023

Tecnologias para tratamento de pessoas com HIV são encaminhadas para consulta pública com recomendação inicial favorável à incorporação no SUS


Entre os pontos de avaliação está evitar a resistência viral, quando os medicamentos deixam de ser eficazes contra o vírus, facilitando a adesão ao tratamento 

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou o encaminhamento à consulta pública de três tecnologias para o tratamento de pessoas com HIV com parecer inicial favorável à incorporação no SUS. São elas: darunavir 800mg; dolutegravir 5 mg para o tratamento de crianças e raltegravir granulado para a profilaxia da transmissão vertical do HIV em crianças expostas ao vírus.

Além de ampliar o acesso a tecnologias que tragam maior comodidade ao paciente, a Conitec avalia possíveis mudanças de esquemas para evitar a resistência viral, quando os medicamentos deixam de ser eficazes contra o vírus, facilitando a adesão ao tratamento. A Comissão disponibilizará suas recomendações em consulta pública por um prazo de 20 dias para o envio das contribuições. Os avisos das consultas serão publicados no Diário Oficial da União.

O tratamento ajuda a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, o uso regular dos antirretrovirais (ARV) é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas.

Saiba mais
Darunavir 800mg
A indicação recomendada é para pacientes vivendo com HIV, em falha virológica ao esquema de primeira linha e sem mutações que conferem resistência ao darunavir.​

Apesar dos inúmeros avanços na terapia antirretroviral (TARV), ainda se observam elevadas taxas de falha virológica. Entre os principais motivos que comprometem a adesão, destacam-se fatores relacionados à tolerabilidade, posologia, interações medicamentosas e eventos adversos relacionados às medicações. Outra causa importante de falha virológica é o surgimento de cepas resistentes aos antirretrovirais.​

Dolutegravir 5 mg ​
O medicamento aparece como tratamento complementar ou substitutivo em crianças com HIV de 2 meses a 6 anos de idade.

O uso de comprimidos dispersíveis (que se desintegram rapidamente na saliva e sem necessidade de ingestão de água) de dolutegravir 5 mg foi considerado seguro e bem tolerado como tratamento de primeira ou segunda linha para crianças menores de 6 anos com HIV-1 nos estudos incluídos.

Raltegravir 100mg granulado​
A indicação de uso é para profilaxia da transmissão vertical do HIV em crianças em alto risco de exposição ao HIV.

O vírus pode ser transmitido de uma mulher vivendo com HIV para seu bebê durante a gravidez, trabalho de parto ou parto, ou após o parto por meio da amamentação.​

Todas as crianças nascidas de mães vivendo com HIV devem receber antirretroviral (ARV) como medida profilática para transmissão vertical. A criança é classificada em alto ou baixo risco de exposição, de acordo com critérios já estabelecidos em protocolos e diretrizes terapêuticas.

HIV/aids
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

Fonte: Ministério da Saúde

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