A princesa Iya Adedoyin Talabi Faniyi (nascida Olayiwola-Olosun) vem de uma tradicional família real e nasceu na propriedade real Iyadudu na cidade de Osogbo, estado de Osun, na Nigéria. É certificada em Literatura Oral Yoruba pelo Departamento de Línguas e Literaturas Africanas na Universidade Obafemi Awolowo Ile-Ife. É bacharel em Artes (Yoruba) pela Universidade de Ilorin (2001) e mestre em Estudos Africanos pela Universidade de Ibadan (2005). É reconhecida em todo o mundo por sua e luta pela preservação e promoção da religião e cultura africana na Diáspora.
No último domingo (29), a princesa que também é responsável pelo bosque de Oxum na África visitou a cidade de Lauro de Freitas e foi recebida com grande festa pelo Ilê Oba Lokê, comunidade religiosa de matriz africana, liderada pelo Babalorixá Vilson Caetano. A princesa recebeu o título de Iya Abo ti Ilê (A mãe protetora da casa). “Não vou esquecer do que vivi com vocês. Lembrarei de vocês em África. Este é o meu sétimo título (o primeiro no Brasil) e o número sete é muito importante, não esquecerei. Vou pedir sempre aos orixás que eleve essa comunidade às alturas, cada vez mais alto, cada vez mais alto”. Disse muito emocionada.
Durante toda a cerimônia que homenageou acima de tudo Oxum, foi possível perceber a realeza interna de cada mulher, homem e criança ali presente se manifestar. Pessoas que tem vidas simples no seu cotidiano, mas que de frente e conectadas com o que elas têm de mais valoroso as transformam em verdadeiras majestades.
Momentos como esses são com suturas nessa grande fissura provocada pelo racismo que tenta a todo custo destruir a dignidade africana. Parabéns à princesa Adedoyin e a comunidade do Oba L’Okê que juntas deram mais um importante ponto no imenso tecido da identidade africana em sua diáspora.
Por: Ricardo Andrade
Fotografia: Walace Oliveira
Fotografia: Walace Oliveira
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