sexta-feira, 8 de novembro de 2019

NOTA DE REPÚDIO! intolerância religiosa e racismo institucional.

A Suppir - Superintendência de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a Fenacab - Federação Nacional do Culto Afro, o Cmpir - Conselho Municipal de Promoção da Igualdade racial e o povo de santo de Lauro de Freitas, vem através deste, REPUDIAR um fato ocorrido de: intolerância religiosa e racismo institucional.
O fato ocorreu hoje: 07/11/2019 - Quinta-feira, quando a servidora Cláudia Santos, que também é Yalorixá conhecida como mãe Cacau, ligou para a Sesp - Secretaria de Serviços públicos para saber sobre a prestação de um serviço de limpeza da rua, solicitado para o Terreiro em que a mesma é responsável, e teve a infeliz oportunidade de ouvir de um funcionário da Sesp que responde como Diretor do Departamento de Limpeza Urbana(Parques e Jardins) que" não queria saber de porra de terreiro nenhum"!.

Sendo assim, esse coletivo de organizações institucionais e demais pessoas, repudiam esse comportamento, tendo em vista que ao utilizar- se do palavrão: porra, o funcionário cometeu intolerância religiosa, desfazendo e destratando o organismo religioso(terreiro), ao tempo em que cometeu também racismo institucional, tendo em vista que destratou o organismo que trata da proteção de políticas para povos de comunidades tradicionais(povo de santo/ povo de axé/povo de terreiro).

Tendo em vista que o Brasil é um país laico,  não cabe a um servidor público tal postura, pois independente de se tratar de um templo religioso de matriz africana, a prestação do serviço público é para todos, independente de religião.

Portanto,  fica registrado a insatisfação desse coletivo perante esse fato, ao tempo em que remetemos essa nota de repúdio a Prefeita Moema Gramacho, bem como para a secretária Lindaura Francisco que responde pela pasta da Sesp, para que as mesmas se pronunciem a respeito do fato, bem como tome as medidas necessárias e cabivéis, para que este fato não possa ficar impune e que se adotem medidas que possam descontruir esse racismo e intolerância religiosa velado que estão incutidos em servidores públicos que compõem uma gestão democrática e popular!

Vale ressaltar que, estamos abrindo porta para o diálogo, mas salientamos que caso a gestão não tome as medidas necessárias, o coletivo de povo de santo, entrará com uma representação no Ministério Público adotando as medidas jurídicas que nos ampara.

Lauro de Freitas, 07 de Novembro de 2019.
Cláudia Santos
Mãe Cacau
Yalorixá responsável pelo Terreiro Mansu Dandalunda Oya Kissimbi N'zambi - localizado na Avenida Contorno, Loteamento Cidade Areia Branca, n° 1.342 - Jambeiro.

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